"Os professores voltaram a ser colocados aleatoriamente, causando instabilidade na sua vida profissional e afectando o sistema educativo, porque os problemas pedagógicos de fundo não são resolvidos", criticou.
Para o sindicalista, o mais preocupante é que "tenham ficado 40 mil professores de fora, mais dez mil do que no ano passado", um resultado que reflecte "as medidas de natureza economicistas tomadas pela ministra da Educação".
O responsável da Fenprof alertou ainda para as medidas apresentadas pela equipa do Ministério, no âmbito da redução do défice, com alterações no Estatuto da Carreira Docente (ECD) e na organização do ano escolar que, disse, reflectem-se no concurso de professores.
"Esta foi uma má estreia para o Ministério da Educação e é inquietante que tenha usado do autoritarismo nas regras entre parceiros", sublinhou Augusto Pascoal, referindo-se às reuniões negociais mantidas durante o Verão por causa das alterações que previstas no âmbito do ECD.
As listas definitivas dos professores e candidatos foram divulgadas hoje pelo Ministério da Educação (ME), um dia antes do que estava previsto e em vésperas do arranque do ano escolar.
Dos cerca de 50 mil candidatos ao concurso que não pertencem aos quadros do ME, só 10.039 foram contratados, segundo as listas disponibilizadas na Internet.
Lusa, 29/08/2005