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Conselho Nacional da FENPROF esteve reunido em Lisboa

Ação de Mobilização Geral dos Professores

04 de abril, 2013

"Há uma Lei Fundamental neste país que tem de ser respeitada", lembrou Mário Nogueira numa breve entrevista (ver vídeo) à página da FENPROF após a reunião do Conselho Nacional da Federação, do passado sábado, dia 6, em Lisboa. 

O dirigente sindical comentou cinco temas colocados pela nossa reportagem: 

  • Situação do país ("É preciso demitir este Governo!");

  • Ação de mobilização geral dos Professores - "Tolerância zero com este Governo e as suas políticas" ("é preciso ouvir os professores sobre o que se está a passar no ensino, as suas preocupações sobre o futuro da escola pública, os objetivos de luta que consideram prioritários e as formas de intervenção e luta mais adequadas e para as quais será maior a disponibilidades dos docentes");

  • Campanha nacional em defesa da escola pública ("na segunda quinzena de maio e em junho, esta iniciativa da FENPROF percorrerá todos os distritos do país, contactando e envolvendo os cidadâos");

  • Concurso de docentes  ("o que está em perspetiva é a extinção de lugares, no quadro de uma política apontada à constituição de mais mega agrupamentos e ao aumento do número de alunos por turma");

  • Exames no 1º Ciclo ("é uma nítida opção ideológica; estes exames, ao jeito do antigamente, não têm nenhum sentido").

Fernando Vicente, JPO e Paulo Machado


Nota anterior:

O Conselho Nacional da FENPROF, órgão máximo entre Congressos, esteve reunido neste sábado, dia 6 de abril, em Lisboa.

Esta reunião teve lugar num momento extremamente delicado para o país: o governo começa a desfazer-se e embora tenha sobrevivido à censura política poderá não resistir à censura social. 

O ministro Relvas demitiu-se, o que poderá ser um bom prenúncio relativamente ao futuro do restante governo. Apesar do compromisso de Nuno Crato na reunião realizada com a FENPROF, em 22 de março, nem uma das reuniões que se decidiram está, sequer, prevista. Sem que nada o fizesse prever para agora, o MEC impôs a criação de mais 18 mega-agrupamentos que, em alguns casos, estão já a merecer forte contestação.

O  Ministério da Educação convocou uma reunião negocial, em duas partes, e, sem prosseguir o processo nos termos em que a lei o impõe, pretende agora alterar a área geográfica dos quadros de zona pedagógica e impor outras alterações ao regime de concursos… para além de todas estas medidas avulsas, que são muito negativas, o MEC prossegue o seu fortíssimo ataque à Escola Pública, havendo fortes suspeitas de estar a preparar medidas que põem em causa os preceitos constitucionais que a defendem.

Entre outros aspetos, os conselheiros nacionais da FENPROF analisaram e debateram:

1. Ação Geral de Mobilização dos Professores: “Tolerância Zero para com o Governo e a sua política”, a realizar entre 9 e 13 de abril;

2. Ação de contestação à tentativa do MEC de encerrar o processo negocial de revisão dos QZP e de regras sobre a graduação profissional;

3. Preparação do 11º Congresso Nacional dos Professores;

4. Seminário Internacional sobre os impactos da crise na Educação, estando já garantida a presença de 40 organizações provenientes de todo o mundo;

5. Campanha Nacional em defesa da Escola Pública, a desenvolver nos próximos meses de maio e junho.