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Manuel Dias - Professor do Quadro do Agrupamento de Escolas de Sernancelhe (Viseu) - Relator

Injusto e inaceitável

27 de julho, 2011

O actual modelo de avaliação do desempenho, imposto pelos governos de Sócrates, mesmo com as alterações sucessivas a que foi submetido, é um sistema injusto e inaceitável por parte dos professores. Em primeiro lugar, está a questão das quotas para as menções de excelente e muito bom, que visa criar uma elite entre os que se sujeitam a este tipo de avaliação e cavar um fosso de divisão entre os mesmos. Com a aplicação das quotas, a avaliação do desempenho nunca terá equidade na classificação dos professores, até porque coloca no mesmo “saco”, ditos “universos”, docentes de todas as áreas de formação, desde as expressões até à matemática e línguas estrangeiras.

Como é possível comparar a competência científica e pedagógica destes professores, em caso de avaliação idêntica por parte dos relatores/avaliadores e quando tenha que haver desempate entre eles para aplicação das ditas quotas? Não me parece que, sejam quais forem os critérios seleccionados para desempate na atribuição das mesmas, alguma vez este processo seja justo e imparcial.

Por isso, nós, professores, temos que continuar a lutar pela suspensão do modelo actualmente em vigor e anulação de todas as suas consequências futuras, sobretudo as que mais prejudicam os professores que, por uma questão de coerência, nunca se submeteram a este modelo de avaliação e nunca pediram a observação de aulas para avaliação do desempenho.

Manuel Dias
Professor do Quadro do Agrupamento de Escolas de Sernancelhe (Viseu)
Relator