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10º Congresso da FENPROF

Saudações

06 de maio, 2010

Nos 100 anos da República

Acabar com o analfabetismo, criar escolas primárias em número suficiente para que a educação fosse um bem acessível a todos, melhorar a preparação pedagógica e científica dos professores, bem como as suas condições de vida, pondo fim à sua mísera situação económica, constituíram as primeiras medidas legislativas daqueles que, em 1910, meteram ombros à tarefa de criar e consolidar “uma nova maneira de ser português, capaz de expurgar a Nação de quantos males a tinham mantido, e mantinham, arredada do progresso europeu, sem força, sem coragem, sem meios para sacudir de si a sonolência em que mergulhara” (Rómulo de Carvalho).  

A instrução e a educação foram, todos o reconhecem, os principais meios utilizados pela República para reformar a mentalidade portuguesa. Daí a prioridade que os republicanos de então puseram na necessidade de intervir nestes domínios. Intervenções muitas vezes mal compreendidas e insuficientemente concretizadas, mas com um alcance impossível de contestar.

Passaram-se 100 anos, foram muitas as realizações da República e também os insucessos, que não podem e não devem ser avaliados fora do contexto e das condições da época. Um contexto marcado pela instabilidade – foram cinquenta e um os responsáveis pelo Ministério da Instrução Pública entre 7 de Julho de 1913, data da sua criação, e 1926 –, que não só não impediu, mas até estimulou os homens da República para o combate à corrupção e aos interesses dos grupos oligárquicos reinantes, de modo a fazer sair Portugal da crise económica, social e moral em que se encontrava.

Foi generosa e patriótica a acção da República. Uma acção que, balizada pelos princípios da fraternidade, da liberdade e da democracia, teve na educação e no ensino os meios privilegiados para a construção de um homem novo, que, se para alguns não passava de uma utopia, para outros consubstanciava uma das condições indispensáveis ao progresso.

O 10º Congresso da FENPROF saúda todas as mulheres e homens que ao longo deste século, imbuídos dos valores da República, contribuíram para a construção de uma sociedade mais justa e fraterna.

VIVA A REPÚBLICA!

Aprovada por maioria, com 1 voto contra e 7 abstenções

Com a CGTP-IN, é tempo de mudar com a luta de quem trabalha!

A Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses, CGTP – Intersindical Nacional, completa, em 1 de Outubro de 2010, quarenta anos de vida.

 Foram 40 anos de actividade intensa em defesa dos direitos de quem trabalha, dos jovens, das mulheres, dos aposentados…; 40 anos de acção e luta, igualmente intensas, em prol de uma sociedade mais justa e solidária, dotada de serviços públicos de qualidade capazes de darem as respostas adequadas a todos os cidadãos.

 A natureza de classe da CGTP-IN, a sua postura combativa, de resistência mas também de proposição visando a mudança, e a forma como se bate intransigentemente pelos direitos dos trabalhadores, faz com que seja a organização sindical mais prestigiada da sociedade portuguesa.

 A CGTP-IN completa 40 anos de vida, de uma vida que orgulha todos quantos contribuíram para a sua construção e que mobiliza quantos nela encontram uma âncora democrática de uma sociedade nem sempre atenta aos valores da democracia e ao respeito para com quem trabalha.

 É neste quadro e por estas razões que o 10.º Congresso Nacional dos Professores saúda a CGTP-IN por este seu quadragésimo aniversário e reafirma o empenhamento da FENPROF para em continuar a contribuir no sentido do crescimento e reforço daquele espaço solidário ao serviço dos trabalhadores, em particular de quantos não perderam a esperança e continuam a assumir que é tempo de mudar com a luta de quem trabalha.

Montemor-o-Novo
24 de Abril 2010


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