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Apontamentos

28 de janeiro, 2016
  • Estudos comparativos realizados por organizações internacionais têm revelado que as crianças que frequentam as escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico em Portugal são as que têm um maior número de horas semanais em atividades escolarizadas.
  • Diversos governos desenvolveram nos últimos anos um conjunto de medidas que alterou o funcionamento e a organização das escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico. Aparentemente desconexas, essas medidas assentaram, no entanto, em opções políticas que visam no essencial: reduzir o investimento na educação; reduzir o currículo para algo próximo do saber ler, escrever e contar amputando-lhe áreas essenciais; transferir para o poder local despesas e responsabilidades; colocar nas escolas a responsabilidade de resolução de problemas sociais criados pelas opções políticas e ideológicas dos governos; estabelecer uma rígida cadeia hierárquica que contribua para transformar os profissionais de educação em funcionários acríticos/meros cumpridores de normativos; criar mecanismos de grande seletividade social logo a partir dos primeiros anos de escolaridade.
     
  • As condições de exercício da profissão no 1º CEB têm-se agravado, de ano para ano, com um cada vez mais elevado número de alunos por turma, com o retorno, em número significativo de turmas com diversos anos de escolaridade, com uma errada, porque pedagogicamente desadequada, distribuição de horas das componentes letiva e não letiva e com um cada vez mais débil apoio a alunos com necessidades educativas especiais.
     
  • As escolas precisam de democracia, participação e colegialidade na sua direção e gestão.