Negociação Nacional
DE POUCO VALEM OS LAMENTOS!

Vamos prosseguir e alargar a greve ao “sobretrabalho”!

21 de janeiro, 2019

É preciso multiplicar a participação na greve contra os abusos e ilegalidades que sobrecarregam os horários de trabalho dos docentes. Descontentes com o que se arrasta há tempo demais, há uma responsabilidade de ação que tem de ser assumida por cada professor/a ou educador/a.

Os efeitos das continuadas sobrecargas são conhecidos, são evidentes e são muito graves: todos/as os sentem, todos/as os testemunham.

O governo prefere manter abusos e ilegalidades, indiferente às consequências que se abatem sobre os profissionais e, necessariamente, sobre a qualidade do trabalho que é possível desenvolver: sobrecarregar os docentes que estão no sistema é um dos meios que continua a ser escolhido para diminuir a despesa em Educação – os/as docentes que aguentem!

A greve em curso:

- É uma forma de luta para pressionar, justamente, o ME e o governo a adotarem medidas de reequilíbrio e de cumprimento da lei, incluindo o ECD, sobre os horários de trabalho, uma luta tanto mais necessária quanto a desvalorização da profissão docente é chocante, quer neste domínio, quer noutros, como o do desrespeito pela consideração do tempo de trabalho realizado pelos docentes.

- É um instrumento na mão dos professores para, perante a indiferença do governo, acomodarem o seu trabalho ao limite legal, permitindo, de acordo com os pré-avisos, a não realização de atividades para além das 35 horas semanais que a lei define e pelas quais são remunerados.

- É uma maneira de defender a componente individual do trabalho não letivo dos docentes, fundamental para a qualidade do seu desempenho e que não pode continuar a ser arrancada aos tempos em que cada um/a tem o direito à sua vida pessoal e familiar.

- É uma oportunidade para combater abusos que continuam a traduzir-se na imposição de atividades que são letivas no âmbito da componente não letiva do horário de trabalho dos docentes.

- É um meio para recusar outras tarefas que, acrescentadas às restantes, estão a cansar e a desgastar ainda mais os/as professores/as e educadores/as, sejam elas no domínio da formação ou no da avaliação de desempenho dos docentes.

É preciso prosseguir e alargar a GREVE AO “SOBRETRABALHO” em cada vez mais escolas!

Se nos acomodássemos, como poderíamos esperar que os problemas se resolvessem?!

18.01.2019