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Comunicado de Imprensa do Sindicato dos Professores da Região Centro de 27/12/2004

SPRC exige conhecimento público e urgente das responsabilidades sobre concurso desastroso

29 de dezembro, 2004

Porque guardará Carmo Seabra, em segredo, as conclusões da auditoria aos concursos de professores, solicitada pelo anterior Ministro da Educação à Inspecção Geral de Finanças?

Porque terá Carmo Seabra suspendido o prazo para que a Comissão de Inquérito aos concursos, que a própria criou, apresentasse os resultados obtidos?

Parece haver aqui "marosca" e o SPRC suspeita que poderemos estar perante nova situação de desonestidade política se este secretismo se dever ao quadro pré-eleitoral que se vive. A acontecer, seria a segunda vez que as eleições interferiam no concurso, pois já em Maio passado as listas provisórias de graduação tinham sido retidas para que não se conhecessem os erros antes das eleições Europeias.

Depois da decisão unilateral do Governo de aprovar alterações ao regime de concurso [sem as ter negociado com os Sindicatos], num momento em que há ainda milhares de erros [cometidos no concurso] por corrigir e a poucos dias de se iniciar um novo concurso, só faltava mesmo este secretismo imposto pelo Ministério da Educação para que o quadro negativo se completasse.

O SPRC considera de elevada importância a divulgação dos resultados obtidos pela auditoria e pela comissão de inquérito antes do início do novo concurso para que as responsabilidades se conheçam e os erros não se repitam. Nesse, sentido exige que Carmo Seabra, com urgência, os torne integralmente públicos.

Se todos os portugueses sabem que por detrás deste desastroso concurso estiveram uma grande incompetência técnica e uma enorme irresponsabilidade política de duas equipas ministeriais de Governos PSD/PP, falta saber, no entanto, o grau de responsabilidade dos governantes num problema que afectou, de facto, a vida nacional.

                                                         A Direcção