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Maior incidência nos sectores da educação, saúde e justiça. Tribunais encerrados por todo o Pais. Mário Nogueira e António Avelãs estiveram na Secundária Gil Vicente, em Lisboa

Segundo a Frente Comum, adesão à Greve superou 80%

30 de novembro, 2007
A adesão global à greve da Função Pública situou-se acima dos 80 por cento, disse a coordenadora da Frente Comum, Ana Avoila, uma das estruturas sindicais que convocou a paralisação.

Ana Avoila adiantou que a adesão tem maior incidência nos sectores da educação, saúde e justiça.

A dirigente sindical, que se encontra acompanhada pelo secretário-geral da CGTP Manuel Carvalho da Silva, falava aos jornalistas durante uma paragem no INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica) para acompanhar o desenvolvimento da greve.

No INEM, a adesão à greve situa-se na ordem dos 90 por cento, segundo Gustavo Oliveira, do Sindicato da Função Pública.

Dos doze operadores que estão a trabalhar, dez estão em greve, mas encontram-se em funções para cumprir os serviços mínimos que foram acordados entre o sindicato e o INEM.

Em dias normais o número de operadores é, em média, de 14.

Na área da Justiça, Ana Avoila apontou alguns exemplos de Tribunais encerrados por todo o Pais, como é o caso do Tribunal de Gondomar, Vila do Conde, Famalicão, Aveiro, Viseu, Guarda, Oeiras, Almada, Caldas da Rainha, Abrantes, Montemor-o-Novo, Silves e Vila Real de Santo António.

Encontram-se também encerrados o Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto e Lisboa e o DIAP (Departamento Central de Investigação e Acção Penal), de Évora.

Ana Avoila acrescentou que os serviços centrais de Finanças registam uma adesão na ordem dos 50 por cento.

O secretário-geral da CGTP, Manuel Carvalho da Silva, que está a visitar durante o dia alguns dos serviços em greve, afirmou que «é inquestionável que está em curso uma grande greve na Função Pública.

»É inquestionável que estamos perante uma grande greve, o que mostra um crescendo de identificação com as causas que levam os trabalhadores à greve«, disse Carvalho da Silva durante uma paragem nos serviços da Segurança Social do Saldanha, para acompanhar o desenvovimento da greve.

"Esperamos que o governo tire a lição e comece a negociar", sublinhou o líder da CGTP-IN, que acompanhava a coordenadora da Frente Comum, Ana Avoila.

Na Segurança Social do Saldanha, apenas estava em funcionamento a tesouraria, encontrando-se todos os restantes postos de atendimento encerrados  (...)

Diário Digital / Lusa
30/11/2007