Internacional
Solidária com Povos da América do Sul

FENPROF manifestou a sua solidariedade junto das organizações sindicais com que se relaciona

05 de julho, 2013

A FENPROF considera inadmissível a decisão do governo português de impedir a aterragem, em território nacional, do avião que transportava o Presidente da República da Bolívia. Para além de estarmos perante um ato que viola tratados internacionais, é absolutamente inadmissível o que aconteceu e que, naturalmente, é sentido como insulto pelos demais países da América do Sul. Com este ato, o governo português põe em causa laços de amizade e cooperação tão necessários aos portugueses e fá-lo, simplesmente, em nome de interesses que não são os do nosso país, mas são os mesmos que estão a arruinar a vida de todos nós.

Face a esta situação, a FENPROF decidiu manifestar a sua mais forte solidariedade junto das organizações amigas da América do Sul, também elas solidárias com os trabalhadores portugueses que lutam contra as políticas impostas pelo atual governo, que se verga, subserviente, a interesses alheios a Portugal. O texto da “CARTA SOLIDÁRIA” enviada pela FENPROF é o que a seguir se transcreve:

CARTA SOLIDÁRIA 

Companheiros e Amigos,

O governo português tomou uma posição que, para além de indigna, é violadora do direito internacional, designadamente quanto à utilização do espaço aéreo, ao recusar que o avião que transportava o Presidente da República da Bolívia, Evo Morales, sobrevoasse o nosso país e aterrasse em território nacional.

É uma posição que demonstra ao mundo o tipo de governantes que temos em Portugal: completamente subjugados a interesses estrangeiros, colocando-os acima dos direitos e interesses de Portugal e dos Portugueses. Esta subserviência a interesses alheios aos dos portugueses, que levou o governo a recusar a escala que deveria ter sido feita pelo avião onde seguia Evo Morales, é a mesma que leva os governantes do nosso país a imporem políticas que estão a pôr em causa a vida dos portugueses, provocando forte recessão, desemprego, empobrecimento, exploração acrescida e, de uma forma geral, destruição das chamadas funções sociais do Estado que, ainda mais no atual momento de crise que atravessamos, deveriam ser salvaguardadas e reforçadas. Perigosamente, é a própria Democracia que corre riscos no nosso país. 

Esta posição do governo de Portugal só não envergonha a maioria dos portugueses porque, no atual momento, são cada vez menos os que ainda se reveem em tais governantes e nas suas políticas. A demissão deste governo que já perdeu a legitimidade social para continuar a governar é, agora, a prioridade de todos os democratas portugueses, exigindo-se do Presidente da República que o demita, dissolva o Parlamento e convoque eleições antecipadas.

A FENPROF entende que, ao contrário do que fez o governo português, num verdadeiro insulto aos povos da América do Sul, o tempo deveria ser de cooperação e procura de entendimentos capazes de contribuírem, mutuamente, para a superação dos problemas que todos vivemos. Neste contexto, a FENPROF manifesta a sua mais viva solidariedade para com todos os povos da América do Sul, em particular o boliviano, fazendo-o através desta Carta Solidária que endereça às organizações amigas dessa região que tantos e bons exemplos de solidariedade e democracia têm dado ao mundo.”

O Secretariado Nacional da FENPROF
5/07/2013

Na sequência desta carta, a FENPROF recebeu a seguinte mensagem dos companheiros do Equador:

Estimados compañeiros:

Al igual que uds estamos sorprendidos de la actitud antidemocratica y servil del gobierno de Portugal al no respetar los  acuerdos internacionales y los derechos humanos al negarse a autorizar el sobrevuelo del espacio aéreo de la nave donde viajaba el presidente democrático de la republica de Bolivia, por lo cual nos sollidarizamos con el pueblo Boliviano por lo que hare extensiva vuestra comunicación a las Federaciones de docentes Universitario de Sudamerica (FESIDUAS), y particularmente a los compañeros de la Confederación de Docentes Universitarios de Bolivia.

Atentos saludos

Wilson Torres Ríos
Machala - El Oro-Ecuador