A CGTP-IN saúda efusivamente o regresso da activista saharaui ao Sahara Ocidental.
Mais de 300 pessoas, apesar do controle policial por parte das autoridades marroquinas, receberam com vivas e aplausos a activista saharaui no aeroporto de El Aaiún, território do Sahara Ocidental ocupado por Marrocos.
A destacada defensora dos direitos humanos viajou num avião, com apoio médico, sem passaporte marroquino ou espanhol e dispondo apenas de um salvo-conduto do Governo de Espanha para sair de Lanzarote.
Ao abandonar território de Espanha, Aminetu Haidar afirmou que o seu regresso é uma "vitória para a causa saharaui, bem como para o direito e justiça internacionais".
Efectivamente, o Governo de Marrocos foi forçado a aceitar sem condições o regresso de Haidar ao Sahara, que assim não será obrigada a pedir perdão ao Rei de Marrocos, nem a reconhecer publicamente a sua nacionalidade marroquina, como era reclamado pelas autoridades deste país.
Recorda-se que Aminetu Haidar cumpriu uma greve de fome de 32 dias e que o seu estado de saúde é extremamente débil e que só a sua determinação em defesa dos direitos do seu povo, acrescida de um poderoso movimento de solidariedade internacional, permitiram este desfecho.
Mas a questão central permanece sem resolução. Marrocos continua a ocupar ilegalmente o Sahara Ocidental, violando o direito internacional e decisões das Nações Unidas e continua a assassinar, prender, torturar e perseguir o povo saharaui que permanece encarcerado no seu próprio país, sofrendo uma continuada violação dos mais elementares direitos humanos.
É, por isso, fundamental prosseguir a solidariedade para com a causa sarahui, dirigida pela Frente Polisário e, no plano sindical, reforçar a solidariedade para com a UGTSARIO, central sindical dos trabalhadores saharauis.
É nesta perspectiva que a CGTP-IN enviará uma delegação composta por Mário Rosa, Luis Brilhante e António Soares à Manifestação Ibérica de solidariedade com Aminetu Haidar e a causa saharaui, que se realiza amanhã, dia 19 Dezembro, em Madrid.
DIF/CGTP-IN
Lisboa, 18.12.2009