Nacional

2016 será o que conseguirmos construir

20 de dezembro, 2015

 

2016 SERÁ O QUE CONSEGUIRMOS CONSTRUIR
Neste momento de festas natalícias é vulgar desejar um bom novo ano. Desta vez, há essa esperança, este voto está mais despido de ritual e corresponde muito mais ao que todos desejamos: que, efetivamente, depois de vários anos em que o seguinte acabou sempre por ser pior que o anterior, tenha chegado o momento de repor, reverter, revogar e eliminar.
Estes são verbos, cuja conjugação, como se confirmou há dias na Assembleia da República, enervam o anterior Primeiro-ministro para quem impor, agravar, cortar e repetir foram os verbos que, nos anteriores quatro anos, preferiu conjugar.
 O tempo que estamos a viver hoje, neste final de 2015, é um tempo novo que não experimentávamos há muito. Sem ilusões, são legítimas as expetativas de muitos que se alimentaram, neste início de Legislatura, de algumas medidas que a nova maioria parlamentar tem vindo a aprovar.
Também a recente reunião com a nova equipa do ME, e as declarações que se conhecem do atual Ministro, permitem perceber que se abrem caminhos que são favoráveis à Escola Pública e à defesa dos direitos de todos os docentes.
Sabemos, contudo, que os poderes e interesses que se movem neste país em torno das questões da Educação são enormes. Desde logo, operadores privados, mas também gente que, por ideologia, defende o desmantelamento da Escola Pública Democrática. Alguns desses interesses, ainda que podendo perder posições no aparelho do Estado, continuam a contar com representantes seus em níveis intermédios da governação, incluindo no ME. Mas também no próprio aparelho governativo, como confirmou há dias a aprovação, em Conselho de Ministros, da transformação da Universidade do Minho em fundação.
Portanto, neste novo tempo que se irá desenvolver no novo ano, o que dele podemos esperar será o que nele conseguirmos obter. Daí que o tempo que professores, educadores e investigadores têm pela frente seja exigente e não dispense ninguém de se manter atento, de participar, de tomar posição e de lutar por um futuro que a todos compete construir.
Boas Festas e um Ano de 2016 à altura do que conseguirmos fazer dele.
Mário Nogueira
Secretário-Geral

Neste momento de festas natalícias é vulgar desejar um bom novo ano. Desta vez, há essa esperança, este voto está mais despido de ritual e corresponde muito mais ao que todos desejamos: que, efetivamente, depois de vários anos em que o seguinte acabou sempre por ser pior que o anterior, tenha chegado o momento de repor, reverter, revogar e eliminar.

Estes são verbos, cuja conjugação, como se confirmou há dias na Assembleia da República, enervam o anterior Primeiro-ministro para quem impor, agravar, cortar e repetir foram os verbos que, nos anteriores quatro anos, preferiu conjugar.

 O tempo que estamos a viver hoje, neste final de 2015, é um tempo novo que não experimentávamos há muito. Sem ilusões, são legítimas as expetativas de muitos que se alimentaram, neste início de Legislatura, de algumas medidas que a nova maioria parlamentar tem vindo a aprovar.

Também a recente reunião com a nova equipa do ME, e as declarações que se conhecem do atual Ministro, permitem perceber que se abrem caminhos que são favoráveis à Escola Pública e à defesa dos direitos de todos os docentes.

Sabemos, contudo, que os poderes e interesses que se movem neste país em torno das questões da Educação são enormes. Desde logo, operadores privados, mas também gente que, por ideologia, defende o desmantelamento da Escola Pública Democrática. Alguns desses interesses, ainda que podendo perder posições no aparelho do Estado, continuam a contar com representantes seus em níveis intermédios da governação, incluindo no ME. Mas também no próprio aparelho governativo, como confirmou há dias a aprovação, em Conselho de Ministros, da transformação da Universidade do Minho em fundação.

Portanto, neste novo tempo que se irá desenvolver no novo ano, o que dele podemos esperar será o que nele conseguirmos obter. Daí que o tempo que professores, educadores e investigadores têm pela frente seja exigente e não dispense ninguém de se manter atento, de participar, de tomar posição e de lutar por um futuro que a todos compete construir.

Boas Festas e um Ano de 2016 à altura do que conseguirmos fazer dele.

Mário Nogueira
Secretário-Geral