Nacional
A propósito da indigitação de Margarida Mano para Ministra da Educação e Ciência

Comentário do Secretário-Geral da FENPROF

27 de outubro, 2015

Foi anunciada a constituição do governo PSD/CDS que, na sequência das eleições do passado dia 4 de outubro, não reúne a maioria dos votos na Assembleia da República. Neste governo minoritário, a pasta da Educação e Ciência foi entregue a Margarida Mano, ex-Vice-Reitora da Universidade de Coimbra.

A propósito, solicitámos um comentário ao Secretário Geral da FENPROF. Mário Nogueira afirmou:

"Em primeiro lugar, gostaria de destacar o facto de, num governo que repete boa parte dos ministros do governo anterior, o ministro da Educação ter sido substituído. É claro que tal não se deveu a qualquer quebra de fidelidade partidária, simplesmente não resistiu à incompetência técnica que, em muitos momentos, marcou o seu mandato e sai chamuscado pela fogueira que ateou contra a Escola Pública e os direitos e condições de trabalho dos seus profissionais.

"Já relativamente à nova ministra, e sabendo-se que os ministros não o são para concretizarem projetos pessoais, mas projetos políticos, todos sabemos que Margarida Mano, na qualidade de ministra do setor, irá / iria continuar o que foi feito na anterior Legislatura. E todos sabemos o que foi: o aumento dos processos de privatização e a municipalização; os exames e as absurdas e perigosas metas curriculares; o desemprego, a PACC e a requalificação; os horários de trabalho e o agravamento das condições de trabalho... só para dar alguns exemplos.

"Acho que a Portugal e à Educação em particular faz falta uma mudança profunda de políticas, como tal, o que mais desejo à nova ministra é que não vá além dos dez dias na função. Se assim for, não deixará de  ter uma foto sua no hall de entrada do ministério, mas não terá tempo de estragar ainda mais do que já foi estragado pelo seu antecessor."