Nacional

FENPROF reafirma: "Não há negociações em curso com o ME"

13 de junho, 2017

A FENPROF foi confrontada esta manhã com afirmações do Ministro da Educação, em Estrasburgo, declarando que o diálogo com as organizações sindicais está em curso. Ao Expresso, Tiago Brandão Rodrigues afirmou que “estamos neste momento, como sempre, em diálogo com as organizações sindicais, também com outros atores que fazem parte da educação porque o caminho faz-se de diálogo e o diálogo continua”.

Já ao final da manhã, Mário Nogueira assegurou aos jornalistas que “até esta hora [13h35] posso afirmar que não há nenhuma negociação em curso, não há nenhuma reunião a decorrer nem marcada”.

O Ministro da Educação, à margem de uma cerimónia sobre os 30 anos do Programa Erasmus, em Estrasburgo, disse ao jornal Expresso que «o diálogo “não se cinge a reuniões formais, aquelas que são mais visíveis para o exterior”, mas que é “constante e acontece todos os dias”», mas a FENPROF reitera que, depois da reunião realizada em 6 de junho, nada chegou à FENPROF e não houve nem se encontra prevista qualquer nova reunião.

Ainda assim, a FENPROF reafirma que a sua abertura e a disponibilidade para continuar a procurar soluções de consenso são totais. Porém, se até dia 20 tal não acontecer, dia 21 de junho, com ou sem serviços mínimos, haverá Greve Nacional de Professores e Educadores.

Nesse sentido, a FENPROF e o seu Secretário-Geral continuam empenhados na realização de uma grande greve no próximo dia 21 de junho. Esta manhã, Mário Nogueira esteve em Leiria e, à tarde, na Escola EB 2/3 António Gedeão, em Almada, para participar em plenários sindicais com o intuito de debater os motivos da luta dos professores, entre os quais o descongelamento das carreiras, os horários de trabalho, a necessidade de valorização da profissão de docente e o envelhecimento dos professores.

Em Leiria, Mário Nogueira salientou a “participação significativa de docentes” neste encontro e afirmou que os professores “estão determinados, caso não haja resposta para as questões colocadas, a realizar uma grande greve”. Neste plenário, foi também aprovada por unanimidade uma moção que será entregue ao Governo no sentido de pedir respostas.

Mais uma vez, o Secretário-Geral da FENPROF admite desconvocar a greve, caso a tutela responda às preocupações dos docentes. "Estamos disponíveis para dialogar. Não estamos a exigir nada de um dia para o outro, mas a exigir o cumprimento de respostas."