"Queremos que a nossa sociedade seja inclusiva e isso tem que começar na escola", sublinhou Mário Nogueira na intervenção de encerramento do simpósio "Implementação da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência em Portugal", iniciativa que o Secretário Geral da FENPROF também valorizou com espaço de diálogo envolvendo os grupos com assento parlamentar.
As turmas com alunos com necessidades educativas especiais têm de ser mais pequenas, observou o dirigente sindical. "É preciso", afirmou mais adiante, "reforçar apoios, com mais professores, técnicos e assistentes operacionais; é preciso derrubar barreiras".
Noutra passagem, Mário Nogueira recordou que "são necessárias respostas" para os múltiplos problemas dos professores com deficiência.
Cinco propostas
O Secretário Geral da FENPROF deixou cinco propostas à atenção dos responsáveis políticos, dos deputados e do Governo:
- A criação de dois grupos de recrutamento docente (Língua Gestual e Intervenção Precoce)
- A presença de intérpretes de língua gestual nas escolas antes de 1 de setembro
- A definição de tempos em horários de docentes para apoio aos colegas cegos
- Respostas objetivas ao problema da precariedade. "Isto tem que ser resolvido". Mário Nogueira recordou, a propósito, recentes declarações do Primeiro Ministro, manifestando a necessidade combater a precariedade laboral, embora no ME a primeira proposta divulgada em matéria de revisão da legislação de concursos vá em sentido contrário...
Ainda a propósito do desporto, o Secretário Geral da FENPROF reconheceu que "é importante que os nossos atletas paraolímpicos tragam medalhas, mas mais importante é generalizar o desporto para os cidadãos com deficiência"./ JPO