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Relatório da OCDE preocupante: Portugal piorou na conclusão do 12º ano de escolaridade

19 de setembro, 2007
Portugal é o único país da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) a perder alunos com o 12.º ano entre 1995 e 2005. De acordo com o relatório sobre educação, divulgado (18/09/2007) por este organismo, a percentagem de alunos que concluiu o Ensino Secundário dentro da idade expectável ? 17 e 18 anos ? diminuiu 14 pontos percentuais, situando-se em 2004 (ano de referência para Portugal) em 53 por cento. A média dos restantes países estudados pela OCDE melhorou sete por cento na última década.

No topo da tabela estão países como a Finlândia, Alemanha, Grécia, Irlanda, Japão e Noruega, que registaram taxas de conclusão acima dos 90 por cento. A Grécia verificou um aumento na ordem dos 20 pontos, ficando próxima dos 100 por cento.

No mesmo relatório, pode constatar-se que Portugal é o segundo país da OCDE com menor percentagem de conclusão do Ensino Secundário nos adultos entre os 25 e os 64 anos. Só 26 por cento dos adultos portugueses concluiu o 12.º ano. Pior, apenas o México, com 21 por cento.

Quanto ao Ensino Superior, os indicadores voltam a colocar Portugal em má posição. Apenas 13 por cento da população, entre os 25 e os 64 anos, tem diploma, metade da média da OCDE. Este número contrasta com o registado na Rússia, onde 55 por cento têm o canudo.

Em relação à despesa na educação de um aluno, do Ensino Básico ao Superior, Portugal gasta 5030 euros por ano, enquanto a média da OCDE é de 6115 euros.

No que diz respeito aos ordenados auferidos por pessoas com o mesmo nível de ensino, a OCDE dá conta de que, em todos os países estudados, as mulheres ganham entre 50 a 80 por cento do valor recebido pelos homens.

CM, 19/09/2007