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Texto de opinião de Carlos Chagas

03 de janeiro, 2014

O governo devia decretar o estado de calamidade educativa por indecisão e desorientação em que se encontra o sector da educação, consequência de uma gestão inábil e inapropriada por parte do Ministério que conduz a escola pública a não ter qualquer fio condutor a não ser o economicismo redutor de um sector estratégico  que   as depauperou  sob o ponto de vista  cientifico e pedagógico com redução e alteração do currículos, aumento de alunos por turmas , criação de mega agrupamento , diminuição dos seus orçamentos entre outras medidas avulsas e lesivas da qualidade do ensino diminuindo substancialmente o numero de professores efetivos e utilizando os contratados como mão de obra barata.

Para finalizar, a inépcia das decisões sobre a projeção das necessidades de professores de que o MEC tem graves responsabilidades com a atribuição dos numerus clausus para cada escola de formação universitária ou politécnica e que o leva agora a afirmar que tendo professores a mais e incompetentes tem de os selecionar. Para isso [O MEC] instituiu uma Prova de avaliação de conhecimentos e capacidades (PACC) que pretende fazer o crivo de milhares de professores contratados que foram avaliados …/… por professores devidamente certificados pelo Ministério durante 17 anos enquanto estudaram e por professores efetivos e Diretores de Escolas enquanto deram aulas agora durante pelo menos 5 anos. Apesar desta evidência o Sr. Ministro ofendendo a dignidade profissional de todos estes profissionais avaliadores e das suas instituições de ensino manda elaborar uma prova que não vai aferir nenhuma capacidade da condição docente dos professores contratados criando um espirito de revolta e indignação.

A seleção necessária deve ser feita durante e no fim do percurso académico dos candidatos e não depois destes já terem avaliações reconhecidos pelas escolas de que o Sr. Ministro é responsável máximo. Depois da revolta desesperada daqueles que se sentem injustiçados e que vão ainda ser submetidos a novas provas está na hora de parar e refletir, anule-se as provas e consulte-se as instituições de ensino de formação de professores e os sindicatos representantes destes profissionais para se concluir que é necessário agir reflexivamente e apresentar soluções justas e inovadoras, se queremos um Portugal com melhor formação e melhor educação integrado num contexto de desenvolvimento que nos possa fazer sair da crise global mais rapidamente e com o mínimo de sequelas no plano nacional.

 A Educação e os seus professores esperam por uma estabilidade que o Ministro da Educação tem o dever ético e politico de concertar por imperativo de consciência da melhor governação pública. / Carlos Alberto Chagas