Nacional

Queixa contra a actuação policial: declarações de Mário Nogueira

19 de janeiro, 2011

Dezenas de sindicalistas, empenhando cartazes e exigindo liberdade sindical, estiveram esta quarta-feira no Campus da Justiça, em Lisboa, numa vincada afirmação de solidariedade com os dirigentes sindicais detidos e que foram presentes ao juiz. "A qualquer provocação como a que nos fizeram ontem [terça-feira], vamos responder com tolerância democrática", salientou Mário Nogueira em breves palavras dirigidas aos sindicalistas presentes.

Entretanto, o Secretário Geral da FENPROF  garantiu que a Federação vai avançar com uma queixa contra a actuação policial na concentração de terça-feira em frente à residência do primeiro-ministro, que resultou na detenção de dois sindicalistas.

Mário Nogueira garantiu que a FENPROF vai avançar com uma queixa contra os agentes, criticando a atitude dos polícias que algemaram o dirigente sindical Marco Rosa, professor, dirigente do Sindicato dos Professores da Zona Sul (SPZS/FENPROF), um dos dois detidos em São Bento. 

“É inaceitável que um cidadão que se deslocava para casa fosse algemado como um bandido. Isso não pode acontecer e terá as consequências jurídicas naturais, não iremos ficar quietos nem calados”, referiu. 

"Muito preocupante"

O Secretário Geral da FENPROF  considerou ainda que o que se passou na terça-feira “é muito preocupante no plano democrático”: “revela bem como a democracia em Portugal – nomeadamente nos últimos tempos com este governo e este Presidente da República - tem vindo a degradar-se".

Afirmou também que “a maior parte dos polícias retira o crachá” com o nome, em situações como estas, atitude que condenou.Os agentes “estão num serviço público e todo o cidadão tem o direito de identificar a pessoa por quem é atendido, neste caso, atendido à bastonada”, disse, acrescentando que o elemento que algemou o dirigente da FENPROF “estava identificado.