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Exigência de regularização das situações de carreira

03 de dezembro, 2020

Por Anabela Delgado, Secretariado Nacional da FENPROF e dirigente do SPGL

Faltam professores nas escolas porque a profissão deixou de ser aliciante; as várias alterações introduzidas no ECD desde 2005 destruíram, silenciosa e cirurgicamente, quase tudo o que foi alcançado pela intervenção e luta dos professores na revisão do ECD em 1999/2000. 

Os professores, porque exercem com profissionalismo e competência as suas funções, estão exaustos e muito desmotivados. 

A carreira está cada vez mais desvalorizada.

A classe está envelhecida, o número de docentes com mais de 50 anos de idade ultrapassa os 50%; a percentagem de docentes com menos de trinta e cinco anos é inferior a 2%.

Os jovens deixaram de procurar os cursos que habilitam para a docência; a mensagem do descontentamento, do cansaço e da desmotivação da classe docente está a passar para a sociedade…

A solução para este problema passa necessariamente pela revalorização e pela regularização da estrutura da carreira docente, exigindo designadamente:

  • A contagem de todo o tempo de serviço prestado pelos docentes o que impõe a recuperação dos 6 anos, 6 meses e 23 dias ainda não contados;
  • A eliminação do efeito negativo das vagas de acesso ao 5º e 7º escalões que atrasa artificialmente o acesso ao topo da carreira;
  • O fim das ultrapassagens;
  • A valorização dos salários.

Dignificar a profissão, regularizar e revalorizar a carreira justificam a adesão à Greve no dia 11 de dezembro!