Estudos sobre as actividades extracurriculares mostram que os alunos que participam nestas actividades apresentam um melhor desempenho académico, com níveis mais elevados de auto-estima.
A participação em actividades extracurriculares trazem benefícios aos alunos relativamente ao seu desempenho académico. Nos efeitos de interacção entre a participação em actividades extracurriculares e o ano de escolaridade, constata-se que no desempenho académico, na motivação e na auto-estima verifica-se que o impacto não é elevado em termos de ano de escolaridade, todavia regista-se um efeito de interacção na dimensão competência em língua materna.
Por actividades extracurriculares costumam designar-se todas as actividades que não estejam inseridas no âmbito curricular e que não têm por isso uma relação directa com as diversas turmas dos diferentes anos escolares.
No entanto, e devido à evolução que algumas actividades têm vindo a ter no desenvolvimento das actividades de enriquecimento curricular, cada vez mais o docente a elas recorre no sentido de despertar o criativo, desenvolver o aspecto lúdico, criar uma interacção com a comunidade escolar procurando chamar os pais e as mães para uma real participação na instituição escola.
Actividades de carácter lúdico, leccionadas pelos docentes, nas suas turmas, para os alunos que as acolhem com interesse e por opção do colectivo.
As actividades visam um enriquecimento curricular e propõem estimular o desenvolvimento das dimensões física e estética nos nossos educandos, através de novas experiências de aprendizagens que possibilitam o despertar de habilidades para além do campo académico.
É demolidora a leitura feita por professores que, pertencendo às nóveis Comissões de Avaliação geradas pelo Regulamento Interno da Avaliação do Desempenho dos Docentes do EPE que, com entendimentos díspares sobre o conceito, entendem o que provavelmente não conseguem compreender ou não têm opinião formada ou não sabem o que dizem!
Mas o problema coloca-se quando o conceito tem que reverter em condição avaliativa dos principais responsáveis pela implementação das actividades. Aqui esquece-se o empenho, a dedicação, as horas dispendidas a gizar as mesmas para, em pouco segundos, verem desmoronar toda uma construção feita com carinho e dedicação!
Não é justo brincar com o trabalho dos outros! Não é justo avaliar-se o que se desconhece! Não é justo depreciar de forma despicienda o que é realizado com a melhor das intenções e com o empenho e envolvimento da comunidade escolar!
Basta de tanto errar, e começar a pensar em fazer bem para fazer melhor. Quem não é capaz, tenha a dignidade de assumir a incapacidade e recuse a tarefa de se fazer passar por avaliador sem ter capacidade para o desempenho do cargo.
O SPE/FENPROF dará voz todos os descontentes espalhados por todo o EPE no sentido de não calar, por medos injustificados e mesquinhos, as vozes de indignação que se sufocam sabe-se lá com que receios!
Companheiros/as, é hora de união e de dizer basta a todos os que querem destruir o que tanto esforço nos levou a sustentar e engrandecer. As comunidades de emigrantes e imigrantes esperam um gesto de revolta, um atitude de reprovação de tudo o que, presentemente, está a ser feito em nome de uma legalidade ferida de morte por falta de transparência processual.
O SPE/FENPROF tem estado em constante acompanhamento de todo o processo no sentido de chamar a atenção dos responsáveis para os gravíssimos atropelos de que estão a ser alvo a maioria dos docentes no EPE.
Sindicato dos Professores no Estrangeiro
Secretário-Geral
Luxemburgo, 22 de Maio de 2010.