Acções
Reformados presentes

Milhares de trabalhadores em protesto contra as políticas do Governo

05 de novembro, 2014

No dia em que na Assembleia da República a maioria PSD/CDS aprovou, na generalidade, a proposta do Orçamento do Estado (OE) para 2015, milhares de trabalhadores da administração pública saíram à rua para protestar contra as políticas aplicadas ao setor e exigir a demissão do Governo.

Os trabalhadores da Administração Pública desfilaram desde o Marquês de Pombal para a Assembleia da República (31/10) protestando contra a manutenção dos cortes salariais, o aumento do horário de trabalho e a privatização de serviços do Estado.Professores de todo país associaram-se a esta jornada de unidade, protesto e luta.

Mário Nogueira foi um dos oradores na concentração final, junto às escadarias de Sã Bento. E garantiu: "Não podemos estar sossegados, pois, com as reduções orçamentais que se anunciam, é fácil compreender o que está em preparação: continuar a fragilizar a Escola Pública e a retirar qualidade ao ensino, com medidas que se traduzirão em novas reduções de trabalhadores docentes e não docentes das escolas (e a OCDE já veio dar a mãozinha ao governo), seja com o despedimento de mais contratados ou com mobilidade especial e rescisões para os dos quadros."

E acrescentou o dirigente sindical:

"Face a esta situação, patetas seríamos se não percebêssemos que este Orçamento devastador, travestido de amigo das famílias, é mais do mesmo em doses iguais e reforçadas. E preguiçosos seríamos se não o combatêssemos e se desvalorizássemos as políticas e os políticos que o suportam. Isto para concluir que, burros éramos se fossemos na conversa de Passos Coelho, Nuno Crato ou de outros governantes e afins: burros porque simpáticos, obedientes e, ainda que teimosos, incapazes de espetar um par de coices em quem não para de atacar Portugal, os portugueses e a Democracia."

Foi aprovada por unanimidade e aclamação uma resolução em que se exige também o aumento geral dos salários, a defesa dos serviços públicos e das funções sociais do Estado e o fim dos processos de privatização.

Os trabalhadores da Administração Pública exigem ser tratados com respeito e dignidade e não aceitam ser injuriados e roubados nos direitos, pelo que não abdicam de defender o emprego público e as funções sociais do Estado.

No próximo dia 13 de novembro, a Central promove uma grande jornada nacional de indignação, ação e luta, com greves e paralisações, nos setores público e privado, em cada empresa e local de trabalho, pelo aumento geral dos salários e o emprego com direitos, por uma política responsável, qjue responda aos desafios do progresso e do desenvolvimento.

De 21 a 25 de novembro,haverá uma grande marcha pelo emprego, salários e pensões, direitos e serviços públicos, em todos os distritos do país.