Nacional
Conferência de imprensa conjunta: Sindicatos desmontam manipulação ministerial

A realidade da luta contra a PACC: toda a verdade

23 de julho, 2014

Manter em tribunal as ações interpostas, quer em dezembro, quer na passada semana, tendo em conta que a PACC foi relançada num quadro de ilegalidade, nomeadamente com desrespeito por prazos e sob uma completa ausência de transparência, foi uma das decisões anunciadas na quinta-feira, dia 24,  em Lisboa, na conferência imprensa conjunta da ASPL, FENPROF, SEPLEU, SINDEP, SIPE, SIPPEB, SINAPE e SPLIU.
 

Considerando a PACC "uma prova humilhante", o Secretário Geral da FENPROF apresentou e comentou, neste encontro com a comunicação social, as conclusões da reunião daquelas organizações sindicais, que avaliaram a jornada de luta do passado dia 22, deixando desde logo esta nota: não correspondem à verdade as palavras e os números do ministro Nuno Crato sobre a realização da PACC. "Só podem ser considerados como fazendo parte de uma inadmissível estratégia de manipulação da opinião pública", como alertam as estruturas sindicais, "muito preocupadas com a situação a que esta equipa ministerial está a conduzir a profissão docente, a escola pública e a educação no nosso país".

Convergência

"Para além das diferenças que existem entre nós, o fundamental é dar aos professores este sinal de convergência em defesa da dignidade profissional dos docentes. Ao contrário do que diz o ministro, aqui não há organizações menores", destacou Mário Nogueira.

"Não aceitamos do ministro lições sobre diálogo e negociação. É falso que estejam aqui organizações que nunca assinaram acordos com o Ministério", realçou o dirigente sindical, que deu exemplos concretos de entendimentos com vários ministros da Educação, entre os quais Marçal Grilo, Augusto Santos Silva, Lurdes Rodrigues, Isabel Alçada e o próprio Nuno Crato, que depressa violou o que tinha acordado com os sindicatos (2013).

As organizações sindicais reafirmam a sua determinação em prosseguir a denúncia, a ação e a luta contra a PACC que, "com um isolamento que cresce a cada dia, o ministro continua a pretender impor aos professores e educadores" e exigem "a anulação de todo o processo de aplicação da PACC e a assunção de responsabilidades políticas por parte de Nuno Crato que revela não ter condições para continuar a exercer as funções de Ministro da Educação". Um ministro que dá cobertura a uma prova marcada, desde o início, pela confusão e pelas irregularidades, num clima de "vale tudo"./ JPO