Nacional
Professores e educadores na manifestação nacional convocada pela CGTP-IN

Indignação e protesto não couberam na Avenida!

14 de março, 2011

Os órgãos de comunicação social, das televisões às rádios, passando pela imprensa e pela net, são unânimes: a Avenida da Liberdade foi insuficiente para acolher a indignação e o protesto que se viveu na tarde do passado sábado, 19 de Março,em Lisboa. 

Contra o desemprego, a vida cara e as injustiças - mudança de políticas, foi o lema que mobilizou muitos milhares de trabalhadores, do sector privado e da Administração Pública, a que se juntaram jovens e aposentados, nesta impressionante jornada nacional convocada pela CGTP-IN.

Basta! - foi a principal mensagem  desta gigantesca manifestação, em que os professores e educadores, uma semana depois de terem enchido o Campo Pequeno, marcaram presença saliente, reforçando a exigência de mudança de políticas. No Dia do Pai, a Avenida transformou-se num grito em defesa do futuro do país e dos portugueses. De todas as gerações.

Solidariedade

Carvalho da Silva, intervindo já nos Restauradores,  considerou esta manifestação a mais importante forma de luta desde a greve geral de Novembro do ano passado. “A greve geral colocou as questões do emprego e os problemas concretos das pessoas no centro da mobilização dos trabalhadores”.

“É possível e indispensável sair desta crise através de uma efectiva solidariedade, da afirmação do modelo social e da limitação dos poderes dos mercados”, realçou o dirigente da Central.

Uma nova jornada de luta, centrada nos problemas dos jovens, está marcada para o próximo dia 1 de Abril. No dia seguinte, recorde-se, terá lugar a Marcha pela Educação.

Críticas ao "bloco central"

O dirigente sindical acusou o Governo de abrir uma crise política complexa e alertou para a necessidade de “estarmos atentos” à evolução dos acontecimentos. Acusou o Primeiro Ministro de ter “posto o país de joelhos perante as autoridades comunitárias e a senhora Merkl” – nomes a que os manifestantes reagiram com uma grande vaia –, mas denunciou também um “PSD ansioso por chegar ao poder”:

“As políticas do PS e do PSD são exactamente as mesmas e só visam aprofundar políticas sociais desastrosas, com mais privatizações no ensino e na saúde e mais exploração do trabalho.”

“As nossas preocupações são o emprego, a precariedade, a situação dos pensionistas e reformados, dos jovens”, disse. “A presente situação do mercado de trabalho é insustentável. Nós lutamos pelo reforço do Estado social e não pela sua destruição. E não precisamos do congelamento das pensões, mas de uma política de distribuição mais justa da riqueza.”

Unidade, acção, confiança

Perante os muitos milhares de pessoas que desceram a Avenida até aos Restauradores, Manuel Carvalho da Silva garantiu que o movimento sindical não vai baixar os braços: “Se as medidas agora anunciadas pelo Governo Sócrates fossem executadas, provocariam maiores desigualdades sociais e recessão".

"Comprometemo-nos a reforçar a luta através da unidade de acção de todos os trabalhadores", destacou o Secretário Geral da CGTP-IN. / JPO 

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