Nacional
MANIFESTAÇÃO NACIONAL da Administração Pública junta 100 000 em Lisboa

Professores e educadores marcaram forte presença no protesto

06 de novembro, 2010

O protesto contra o roubo dos salários e o ataque aos serviços públicos marcou a jornada da Administração Pública deste sábado, 6 de Novembro, nas ruas de Lisboa, convocada pela Frente Comum. Largos milhares de trabalhadores oriundos de todas as regiões do país e de todas as esferas de actividade da Função Pública desceram a Avenida da Liberdade, em direcção à Praça dos Restauradores. Professores e educadores marcaram presença saliente nesta acção, realizada em período de preparação dinâmica da Greve Geral de 24 de Novembro. 

São imprescindíveis Serviços Públicos de qualidade, quer para o desenvolvimento, que vise reduzir assimetrias no país, quer para dar resposta a um conjunto de necessidades sentidas pelos, destacando-se, entre outras, a educação, a saúde, a justiça e a Administração Local - esta foi a mensagem que passou nesta jornada, muito saudada ao longo do demorado desfile, tanto nas palaras de ordem e nos panos, como nas intervenções que se ouviram na concentração final, nos Restauradores.

Como destacou Manuel Carvalho da Silva, a Greve Geral de 24 de Novembro "é, nas últimas décadas, a luta dos trabalhadores que dá mais sentimento de futuro”. “É para criar perspectivas e responder às necessidades das jovens gerações”, defendendo o “direito ao trabalho e ao salário e não apenas a um subsídio de subsistência”, observou o Secretário Geral da CGTP-IN.

Mário Nogueira, Secretário Geral da FENPROF, afirmaria a dado passo: "Sócrates, Coelho e Cavaco podem ter chegado a acordo para manter as políticas, agravando as medidas que, de há muito, vêm impondo aos trabalhadores e aos da Administração Pública em especial… mas nós não estamos de acordo com eles e por isso estamos aqui hoje, estaremos com todos os trabalhadores na Greve Geral do próximo dia 24 e estamos disponíveis para continuar a luta, assumindo cada combate com denodo e convicção, conscientes de que os problemas não se resolvem num quadro de alternância no centrão."  / JPO

Em anexo: Resolução aprovada