A FENPROF afirma a necessidade de entrada de mais jovens professores e educadores nas escolas, quer na actividade lectiva normal, quer para o desenvolvimento e apoio a múltiplos projectos de apoio a alunos e outros.
A FENPROF vem alertando para o imperativo de aumentar, sem falsificações estatísticas, as qualificações profissionais e académicas da população activa portuguesa, sublinhando que este desígnio passa pelo contributo profissional de milhares de professores cujas qualificações estão a ser irresponsavelmente desperdiçadas.
A FENPROF luta, desde há muito, para que os jovens professores e educadores possam exercer a sua profissão em condições de estabilidade. Têm direito a dedicar-se ao trabalho com perspectivas de investimento pessoal e profissional, o que exige trabalho estável; têm direito a construir projectos de vida com base no exercício da profissão para que se qualificaram.
O Governo/Ministério da Educação não tem parado de aprofundar o caminho inverso: acabou com os estágios pedagógicos em situação de verdadeira responsabilização profissional, incluindo a contagem de tempo de serviço prestado e a respectiva remuneração; introduziu e generalizou formas de contrato cada vez mais precárias e com menos direitos; aos jovens que, em número insuficiente, foram contratados é negada qualquer perspectiva de vinculação que lhes dê segurança para olhar o futuro; há milhares de professores que já deviam estar integrados em lugares de quadromas nem as regras e os limites impostos às empresas privadas para esse efeito são respeitadas pelo Governo; o Ministério insiste na sujeição dos jovens professores a uma "prova de ingresso" na profissão, não obstante todo o trajecto de formação por eles já percorrido com êxito.
A FENPROF luta contra a orientação do Governo/Ministério da Educação, luta contra o seu errado rumo político. É por isto, e com especial atenção aos problemas dos jovens, que a FENPROF vai participar na MANIFESTAÇÃO de 28 de Março, no DIA NACIONAL DA JUVENTUDE.
Como aconteceu no passado dia 13 em que mais de 200 mil trabalhadores portugueses exigiram uma mudança de rumo, é preciso que os jovens lutem pelo seu direito ao futuro.
As lamentações de pouco servem: o que importa é lutar para que as coisas mudem!