Nacional
Exigindo a suspensão da avaliação e a revisão positiva do ECD, eliminando a divisão da carreira docente nas categorias de "professor" e "professor titular".

Plataforma Sindical entregou no Ministério abaixo-assinado com 70 000 assinaturas

18 de dezembro, 2008

Na passada segunda-feira, dia 22, ao fim da tarde, a Plataforma Sindical dos Professores, representada por dirigentes das diferentes organizações que a constituem, entregou no Ministério da Educação, em Lisboa, um manifesto/abaixo-assinado em que os professores reiteram as suas exigências de suspensão do burocrático modelo de avaliação imposto pelo ME e de revisão do ECD, que permita, entre outros aspectos, substituir o modelo de avaliação, abolir as quotas na avaliação e eliminar a divisão artificial da carreira nas categorias de "professor" e "professor titular".

À porta do ME, em declarações prestadas à comunicação social (foto), Mário Nogueira, porta-voz da Plataforma, sublinhou que este abaixo-assinado, recolhido em poucos dias, é mais uma afirmação do repúdio dos professores pela intransigência do ME em aplicar o modelo de avaliação que interfere negativamente no funcionamento das escolas e no desempenho dos professores, logo, nas aprendizagens dos alunos, tal como têm alertado os Sindicatos.

A expressiva tomada de posição entregue no Ministério reitera, como lembrou o dirigente sindical, a exigência da suspensão do modelo incoerente e burocrático de avaliação do ME e consequente negociação de uma solução transitória para este ano lectivo.

A revisão positiva do ECD, a partir de Janeiro de 2009, substituindo o actual modelo de avaliação e eliminando a divisão da carreira docente nas categorias de "professor" e "professor titular", é outra das reivindicações centrais deste abaixo-assinado, o maior até hoje promovido no sector da Educação.

O abaixo-assinado recolheu, a nível nacional, em poucos dias (desde 11 de Dezembro) o apoio de 70 000 educadores e professores, em subscrição on line e em suporte de papel."Isto traduz o sentimento dos professores que é claramente pela suspensão da avaliação. Há uma determinação muito grande porque sabem que este modelo é apenas um instrumento de gestão colocado ao serviço do controlo da progressão na carreira e não ao serviço da melhoria do seu desempenho profissional", afirmou o secretário-geral da FENPROF, que já à saída comentou:
"Há dias para receber um abaixo-assinado com 1500 assinaturas e entregue por 13 professores, legitimamente subscrito, a senhora ministra esteve disponível, mas hoje para receber um abaixo-assinado com 70 000 assinaturas que rejeitam a avaliação, delegou no secretário de Estado..."

Depois da entrega deste documento, a luta dos docentes recomeça já nos primeiros dias de Janeiro com a preparação de duas acções muito importantes, que exigem o envolvimento de todos os educadores e professores do País: no dia 13, a Jornada Nacional de Reflexão e Luta, em torno da avaliação de desempenho, da revisão do ECD e, também, discutindo as formas de dar continuidade à sua luta pela dignificação e valorização da profissão docente; e no dia 19 uma Greve nacional, com a dimensão da realizada em 3 de Dezembro, determinante para o rumo das negociações com o ME./ JPO