"A ministra não recuou", esclareceu Mário Nogueira, secretário-geral da FENPROF, respondendo a uma questão colocada pelos jornalistas, ao início da tarde (esta sexta-feira, 28 Novembro), antes de entrar para uma reunião entre a FENPROF e a Ministra da Educação, na 5 de Outubro, em Lisboa.
"E é exactamente por não abdicar do seu modelo de avaliação que teve de o simplificar, porque é inaplicável. Repito: da parte do Ministério não há nenhum recuo, apenas a confirmação da inevitabilidade: este burocrático modelo de avaliação não se consegue aplicar nas escolas", reforçou o porta-voz da Plataforma Sindical dos Professores.
"Praticamente toda classe dos professores já mostrou que este modelo não serve a escola. Não são 20 ou 40 por cento dos professores, é praticamente, repito, toda uma classe profissional, aqueles que estão no terreno, que percebem o que está a acontecer às escolas, que rejeita categoricamente este modelo de avaliação", salientou.
"Esta intransigência da senhora Ministra está a prejudicar as escolas. Não acredito que dum lado haja uma pessoa (que diz) que tem razão e do outro mais de 120 000 que dizem o contrário... Até os números falam por si", registou Mário Nogueira, que lembrou ainda, por um lado, a intensa participação dos educadores e professores nas concentrações realizadas no Norte, Centro, Grande Lisboa e Vale do Tejo (envolvendo nestes três dias cerca de 70 mil docentes), que prosseguem hoje no Sul; e, por outro, o número crescente de escolas e agrupamentos de escola que já suspenderam a avaliação (neste momento são já mais de 370).
Ainda hoje, a Plataforma Sindical dos Professores emitirá um comunicado na sequência das reuniões que as organizações sindicais mantiveram ao longo do dia com os responsáveis do Ministério da Educação./ JPO
