Nacional

Mais de 55 000 professores nas ruas do Norte e do Centro só nos dois primeiros dias dos protestos

26 de novembro, 2008
Revista de imprensa

Centro
26 Nov.

Entre 23.000 e 25.000 professores e educadores da região centro saíram à rua
Aveiro
- 3.000 | Castelo Branco - 2.000 | Coimbra - 8.000
Guarda - 3.000 | Leiria - 3.500 | Viseu - 4.000 | Lamego - 1.000

Mais uma vez, pelo segundo dia consecutivo, dezenas de milhar de professores saem à rua, ignorando o frio e a intempérie, conscientes da importância do número e da afirmação da unidade. Esta é a tónica mais importante das históricas manifestações que estão a realizar-se por todo o país, de carácter distrital, mas com um elevado número de participações que fazem destas das maiores manifestações sindicais e cívicas realizadas em Portugal desde Abril de 1974.

Se nos lembrarmos que se trata de iniciativas de um só sector profissional, percebemos melhor a dimensão do protesto e o seu significado.

Afirmando-se contra o Estatuto da Carreira Docente imposto pelo Ministério da Educação, no qual se encontra a base de toda a contestação desencadeada pelos docentes portugueses, na região centro, os mais de 23.000 professores que se manifestaram na noite de 26 de Novembro foram unânimes na rejeição da fractura introduzida na carreira, no Não a este modelo de Avaliação do Desempenho, no SIM à negociação de outro que seja praticável, justo e científica e pedagogicamente correcto, que valorize o desempenho profissional e tenha uma acção formativa, na rejeição das propostas que Lurdes Rodrigues pretende introduzir no regime de concursos e colocações, contra a prova de ingresso e em defesa de uma Gestão Democrática e de uma Escola Pública de Qualidade.

Manifestações, Plenários e Concentrações realizadas, até agora, à noite e aos fins-de-semana, porque os professores querem, ao contrário do que revela o ME, poupar os seus alunos à perturbação que grassa nas escolas e à inquietude que estas medidas lançam entre a classe docente.

Porém, os professores da região centro assumiram em todos os locais de realização desta extraordinária acção, uma significativa adesão às greves já convocadas para 3 e 10 de Dezembro, na Vigília contínua de 4 e 5 de Dezembro, mantendo-se mobilizados para outras formas de luta até 19 de Janeiro, naquela que será a greve que assinalará a passagem de dois anos sobre a publicação do ECD que exigem ser revogado. / O Departamento de Informação e Comunicação do SPRC, 27/11/2008

______________________________

Milhares de educadores e professores estão concentrados em várias capitais de distrito da região Centro para protestar contra a avaliação de desempenho.

Os docentes começaram a concentrar-se a partir das 17h00 em Lamego, Leiria, Viseu e Guarda (...)

Ana Rita Carvalhais, da Plataforma Sindical dos Professores, disse estar satisfeita com a adesão: "Significa que os professores estão indignados e apostados que com a sua força o Governo suspenda o modelo de avaliação".

"Avaliação sim, mas esta não" e "Os professores estão na rua, a luta continua" são as palavras de ordem dos docentes que se ouvem pelas ruas de Leiria. Na concentração vai ser lida uma moção na qual os docentes exigem a suspensão do actual modelo de avaliação, assim como o "início de negociações para a sua substituição". Os professores pedem ainda para "serem corrigidas todas as irregularidades e ilegalidades existentes nos seus horários de trabalho" e a revisão do Estatuto da Carreira Docente.

Para esta noite há ainda manifestações de professores convocadas pela Plataforma Sindical da Educação para Aveiro (21h00), Castelo Branco (20h30) e Coimbra (20h30). Este é o segundo dia de protestos regionais contra a avaliação dos professores, depois de na ontem milhares de docentes se terem manifestado nas capitais de distrito do Norte.

Amanhã são os professores da região de Lisboa que se manifestarão. Na sexta-feira, os sindicatos e o Ministério da Educação iniciam as negociações das alterações ao modelo de avaliação anunciadas pela tutela na semana passada com vista à sua simplificação. / 19h51, Lusa, 26/11/2008


Norte
25 Nov.

Os professores manifestaram-se (25/11/2008) em várias cidades no Norte do país, no primeiro de quatro dias de protestos regionais que já levaram milhares de docentes para a rua.

(...) Segundo os sindicatos, saíram para a rua 10 mil professores que se concentraram na avenida dos Aliados. A polícia presente no local escusou-se a fazer uma estimativa do número de manifestantes.

Em Viana do Castelo, Bragança e Vila Real também estiveram concentrados milhares de professores. Segundo José Domingues, do sindicado de professores do Norte, 2300 docentes manifestaram-se em Bragança, "o pleno dos professores do distrito". A polícia de Bragança também se recusou estimar o número de pessoas presentes no protesto.

Em Vila Real e em Viana do Castelo, cerca de quatro mil professores, segundo os sindicatos, estiveram também a manifestar-se.

Modelo põe em causa funcionamento
das escolas

Mário Nogueira, da FENPROF, aproveitou o dia para também comentar as propostas. O secretário-geral da Fenprof afirmou que "o Ministério da Educação quer que este modelo vingue, mas isso é absurdo".

"O ponto de partida para as negociações com o Ministério é a suspensão deste modelo de avaliação. A obstinação da ministra não pode impor um modelo que está a pôr em causa o funcionamento das escolas", defendeu.

Mário Nogueira sublinhou que "mais de 320 escolas já declararam, formalmente a suspensão do modelo de avaliação".

Os sindicatos reúnem-se novamente com o Ministério da Educação na próxima sexta-feira, para debater as alterações ao modelo de avaliação de professores propostas pelo Governo. Amanhã continuam as manifestações, marcadas para todas as capitais de distrito da região Centro. / Lusa, 25/11/2008


______________________

Os professores regressaram, esta terça-feira, aos protestos de rua. Milhares de docentes manifestaram-se em várias cidades do Norte do País. "Os professores já cá estão outra vez", era a frase de um cartaz exibido por um docente na manifestação da Praça da Liberdade, no Porto.

Mário Nogueira, secretário-geral da FENPROF e porta-voz da Plataforma Sindical, reiterou, no discurso que realizou no Porto, que apenas a suspensão do processo de avaliação voltará a trazer tranquilidade às escolas.

Viana do Castelo
Em Viana do Castelo, apesar do frio que se fazia sentir, mais de meio milhar de professores concentraram-se na Praça da República, onde aguardaram a chegada de mais docentes para se iniciar a marcha até à Câmara Municipal de Viana do Castelo percorrendo toda a Avenida dos Combatentes, uma das principais artérias da cidade, com bandeiras, tarjas e cartazes exigindo a suspensão do sistema de avaliação.

Bragança
Também na Praça Cavaleiro Ferreira, em Bragança os manifestantes concentraram-se para exigir a suspensão do processo de avaliação de desempenho. José Domingues, da Plataforma Sindical dos Professores, disse, ao JN, que praticamente "todos os professores do distrito", cerca de 2000, saíram à rua esta terça-feira.

Vila Real
em Vila Real, cerca de três mil professores protestaram contra o modelo de avaliação, na Praça do Município, após se terem concentrado na Escola Secundária de São Pedro. De Chaves, saíram vários autocarros transportando docentes para esta manifestação.

Braga
A última concentração da noite teve lugar em Braga, onde apenas às 21 horas mais de cinco mil professores pediram, na Praça do Pópulo, o fim do modelo de avaliação. Maria de Lurdes Rodrigues foi o alvo das críticas. Um cartaz avaliava, ironicamente, a ministra da Educação, a saber: 20 valores quanto à sua assiduidade em programas de televisão; 8 na oralidade; 0 na empatia e empenho.

Após as concentrações, os representantes dos professores entregaram aos respectivos governos civis um documento reivindicativo.

Região Centro
Esta quarta-feira é a vez da região Centro, com manifestações marcadas para Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria, Viseu e Lamego, enquanto quinta-feira os protestos realizam-se em Lisboa, frente ao Ministério da Educação, Setúbal, Santarém e Caldas da Rainha. A semana de protestos termina sexta-feira, com manifestações em Portalegre, Évora, Beja e Faro.

A luta dos professores segue na próxima semana, com uma greve nacional a 3 de Dezembro e uma vigília de 48 horas nos dois dias seguintes na Avenida 5 de Outubro, em Lisboa, à porta do ME. / JN, 25/11/2008

_________________

Milhares de professores estão na noite desta terça-feira a manifestar-se em várias cidades do Norte do País contra o processo de avaliação de desempenho dos docentes, naquele que é o primeiro de quatro dias de protestos regionais.

A maior concentração está a decorrer no Porto, onde cerca de dez mil professores se encontram na emblemática Avenida dos Aliados, segundo os sindicatos.
Em Vila Real e em Viana do Castelo estão concentrados cerca de quatro mil professores, enquanto que em Bragança 2.300 docentes protestam contra a avaliação de desempenho, indicam as estruturas sindicais. / CM, 25/11/2008

_________________

A maior manifestação foi a do Porto, onde, segundo os sindicatos, cerca de 10.000 professores, estiveram concentrados na Avenida dos Aliados. A polícia presente no local escusou-se a fazer uma estimativa do número de manifestantes.

Também em Viana do Castelo, Bragança e Vila Real estiveram concentrados milhares de professores.

Segundo José Domingues, do sindicado de professores do Norte, 2.300 docentes manifestaram-se em Bragança, "o pleno dos professores do distrito". Também em Bragança a polícia recusou estimar o número de pessoas presentes no protesto.

O sindicalista José Domingues explicou ainda que a avaliação de desempenho apenas prossegue num agrupamento de escolas, o de Miranda do Douro, já que em todos os restantes estabelecimentos de ensino foi suspensa pelos professores ou foram aprovadas moções e abaixo-assinados a pedir a suspensão do processo.

Os professores do distrito de Bragança presentes na manifestação aprovaram uma moção a pedir a suspensão do processo de avaliação de desempenho.

Em Vila Real e em Viana do Castelo, cerca de 4.000 professores, segundo os sindicatos, também se manifestaram. / SIC on line, 25/11/2008

__________________

Vários milhares de professores manifestaram-se (25/11/2008), no centro da cidade de Braga, para defenderem "as crianças e jovens portugueses e o direito que têm a uma educação pública de qualidade".

Em declarações aos jornalistas, a dirigente da Fenprof (Federação Nacional dos Professores) e da Plataforma de Professores, Júlia Vale, realçou que, "a introdução de mecanismos altamente burocráticos por parte do Ministério da Educação está a prejudicar a acção dos docentes e consequentemente dos professores".

Fazendo eco das reivindicações dos professores do distrito, a sindicalista reforçou as críticas ao modelo de avaliação, notando que se trata de "um processo completamente burocrático" e que não "deixa fazer aquilo que deve ser feito na escolas".

"A revolta generalizada, mais uma vez provada nas ruas, significa - disse - que os professores estão disponíveis para continuar esta luta, apesar do Governo tentar fazer passar a ideia de que estão a defender interesses pessoais".

Os manifestantes, oriundos de todos os concelhos do distrito e munidos de faixas, reuniram-se em frente ao Pópulo, onde ouviram os dirigentes da Plataforma - entre os quais os dirigentes Mário Nogueira (CGTP) e João Dias da Silva (UGT) - e rumaram depois até à Avenida Central, para nova concentração em frente à Arcada.

"Os professores não têm medo de ser avaliados. Pelo contrário, querem ser avaliados mas não com este modelo, que os atafulha de papéis e praticamente os impede de exercerem a sua função, que é ensinar", sintetizava uma das manifestantes. / 26.11.2008 - 09h08 Lusa