"O arranque deste novo ano escolar fica marcado por uma das maiores manobras de propaganda governamental dos últimos anos", sublinhou Mário Nogueira, em Lisboa. O dirigente da FENPROF falava aos jornalistas junto à banca de recolha de assinaturas de apoio ao Manifesto em Defesa da Escola Pública, ao princípio da tarde de 15 de Setembro (segunda-feira), em plena Rua Augusta.
Mário Nogueira chamou a atenção para situações "esquecidas" pelos governantes nesta azáfama de visitas e contactos em escolas por todo o país, como por exemplo a dos milhares de alunos com Necessidades Educativas Especiais que ficaram sem apoio, o encerramento de 3 000 escolas do 1º Ciclo com muitas crianças obrigadas a fazer grandes deslocações e muitas para terem aulas em contentores, as injustiças e os ataques à profissão docente e as insuficiências da acção social escolar.
"Há de facto uma grande diferença entre a realidade a propaganda", alertou o sindicalista, que, tal como Carvalho da Silva, também dirigiu breves palavras aos cidadãos que se juntaram em torno daquela banca, que registou uma grande onda de solidariedade e de apoio ao Manifesto. / JPO