Nacional

Sindicatos da Administração Pública marcam Greve para 30 de Novembro

08 de novembro, 2007
Os sindicatos da Administração Pública afectos à CGTP-IN (Frente Comum) e à UGT anunciaram a realização de uma greve geral na Função Pública para o próximo dia 30 de Novembro.

Greve geral da Função Pública a 30 de Novembro
Sindicatos juntos contra aumento dos salários de 2,1% em 2008

As três estruturas sindicais da Função Pública vão levar a cabo uma acção de luta convergente no dia 30 deste mês para protestarem contra o aumento de 2,1 por cento determinado pelo Governo para a actualização dos salários em 2008. A decisão dos representantes dos trabalhadores do Estado acontece depois de a Frente Comum ter anunciado uma greve para a última semana deste mês.

Os sindicatos da Função Pública filiados na CGTP-IN e na UGT chegaram a acordo. Os representantes dos trabalhadores do Estado criticam a intransigência do Governo que não cedeu nas negociações.

Os aumentos propostos pelos sindicatos para a actualização salarial em 2008 variam entre 3,3 por cento e cinco por cento.

Com a subida de 2,1 por cento determinado pelo Governo, um salário médio, que ronda os 1.250 euros, passa para 1.276. Ou seja, neste caso, mais 26 euros.

No subsídio de refeição a subida percentual é idêntica. Aumenta dos actuais 4,30 euros para 4,11 euros.

Em suma, em 2008, os funcionários públicos terão oito cêntimos extra para almoçar.

Durante a discussão na generalidade do Orçamento de Estado para 2008 o Governo mostrou-se intransigente: "o aumento dos salários no próximo ano vai ser de 2,1 por cento", frisou o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos.

O valor coincide com a inflação prevista oficialmente para 2008. / SIC on line, 8/11/2007

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Em conferência de imprensa, Bettencourt Picanço, do STE, justificou a greve com a "indisponibilidade negocial do Governo, o ataque aos pensionistas e o não aumento das pensões na Administração Pública".

O dirigente sindical reiterou ainda a "perda de poder de compra" dos funcionários públicos, que se cifra em dez por cento nos últimos dez anos, como outro dos argumentos para a paralisação geral do sector, que junta os sindicatos duas centrais sindicais.

Para Ana Avoila, da Frente Comum, esta é uma "altura histórica e muito especial", sublinhando que "não há memória que os trabalhadores [da função pública] tenham perdido tantos direitos" como agora, nomeadamente os pensionistas e os que estão no activo. / www.público.pt, 8/11/2007

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As três estruturas sindicais da administração pública voltaram esta quinta-feira a marcar uma greve conjunta "contra a intransigência do Governo nas negociações salariais", um ano após a realização da última paralisação conjunta, pelo mesmo motivo.

A greve nacional da Função Pública anunciada pela Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, pela Frente Sindical da Administração Pública (FESAP) e pelo Sindicato dos quadros Técnicos do Estado (STE) vai realizar-se a 30 de Novembro em protesto contra a forma como correram as negociações salariais.

Os sindicatos queixam-se nomeadamente da equipa negocial do Ministério das Finanças ter iniciado o processo com uma proposta de aumentos salariais de 2,1% e de ter encerrado as negociações com o mesmo valor.

A última greve convocada pelas três estruturas sindicais realizou-se a 9 e 10 de Novembro de 2006 contra o aumento salarial de 1,5% que o Governo decidiu aplicar, apesar de a inflação prevista nessa altura ser de 2,1%.

A paralisação afectou sobretudo os sectores da saúde, educação e autarquias locais, nomeadamente a recolha de lixo.

A greve de há um ano teve também como objectivo contestar o aumento das contribuições para a ADSE, o prolongamento do congelamento das progressões nas carreiras, a lei da mobilidade e a revisão do sistema de vínculos, carreiras e remunerações.

Em 2006 as três estruturas sindicais fizeram outra greve conjunta a 6 de Julho contra o novo regime de mobilidade dos funcionários públicos.
www.expresso.pt, 8/11/2007