Os professores de técnicas especiais que leccionam nas Escolas Secundárias António Arroio (Lisboa) e Soares dos Reis (Porto) fizeram greve no dia 6 de Junho (quarta-feira), cansados de esperar que o Ministério da Educação cumpra as recomendações expressas na Resolução n.º 17/2006, aprovada por unanimidade na Assembleia da República, em Março do ano transacto. A paralisação teve uma adesão superior a 70%, o que significa que muitos professores de técnicas especiais já integrados nos quadros aderiram à greve por solidariedade para com os seus colegas contratados, sublinha uma nota de imprensa divulgada pelo Secretariado Nacional da FENPROF.
Como referiram Mário Nogueira, secretário-geral da Federação e Anabela Delgado, do SN, na conferência de imprensa realizada ao princípio da tarde, à porta da António Arroio, "na véspera da greve, o ME fez chegar à FENPROF dois documentos:uma convocatória para uma reunião, no ME, a realizar no dia 15 de Junho; e um projecto de Decreto-Lei que estabelece o regime de integração em lugar de quadro dos professores de técnicas especiais (documento a negociar na reunião de dia 15)".
"Se esta greve parece ter dado os seus primeiros resultados, os professores não esquecem que já por duas vezes estiveram previstas reuniões para resolver o seu grave problema de instabilidade (Junho de 2006 e Março de 2007), mas que nada adiantaram nesse sentido tendo, mesmo, a segunda sido cancelada", sublinha nota de imprensa da FENPROF, que esclarece mais adiante:
"Já no passado dia 17 de Maio, o ME recusou receber uma delegação sindical que pretendia, mais uma vez, discutir esta questão.Depois desta greve, a FENPROF irá elaborar o seu parecer relativo ao projecto ministerial (que fica aquém das expectativas dos docentes) e tentar, na reunião de dia 15, levar o ME a alterar algumas das posições que apresenta.Após a reunião, a FENPROF avaliará, com os professores, a necessidade de continuar esta luta até que se solucionem os graves problemas de instabilidade dos docentes de técnicas especiais.