Nacional
Conferência de imprensa da FENPROF à porta da Escola António Arroio, em Lisboa

Greve dos Professores de Técnicas Especiais dá primeiros resultados

10 de julho, 2007

Os professores de técnicas especiais que leccionam nas Escolas Secundárias António Arroio (Lisboa) e Soares dos Reis (Porto) fizeram greve no dia 6 de Junho (quarta-feira), cansados de esperar que o Ministério da Educação cumpra as recomendações expressas na Resolução n.º 17/2006, aprovada por unanimidade na Assembleia da República, em Março do ano transacto. A paralisação teve uma adesão superior a 70%, o que significa que muitos professores de técnicas especiais já integrados nos quadros aderiram à greve por solidariedade para com os seus colegas contratados, sublinha uma nota de imprensa divulgada pelo Secretariado Nacional da FENPROF.

Como referiram Mário Nogueira, secretário-geral da Federação e Anabela Delgado, do SN, na conferência de imprensa realizada ao princípio da tarde, à porta da António Arroio, "na véspera da greve, o ME fez chegar à FENPROF dois documentos:uma convocatória para uma reunião, no ME, a realizar no dia 15 de Junho; e um projecto de Decreto-Lei que estabelece o regime de integração em lugar de quadro dos professores de técnicas especiais (documento a negociar na reunião de dia 15)".

"Se esta greve parece ter dado os seus primeiros resultados, os professores não esquecem que já por duas vezes estiveram previstas reuniões para resolver o seu grave problema de instabilidade (Junho de 2006 e Março de 2007), mas que nada adiantaram nesse sentido tendo, mesmo, a segunda sido cancelada", sublinha nota de imprensa da FENPROF, que esclarece mais adiante:

"Já no passado dia 17 de Maio, o ME recusou receber uma delegação sindical que pretendia, mais uma vez, discutir esta questão.Depois desta greve, a FENPROF irá elaborar o seu parecer relativo ao projecto ministerial (que fica aquém das expectativas dos docentes) e tentar, na reunião de dia 15, levar o ME a alterar algumas das posições que apresenta.Após a reunião, a FENPROF avaliará, com os professores, a necessidade de continuar esta luta até que se solucionem os graves problemas de instabilidade dos docentes de técnicas especiais.