Nacional
Deputados saudaram iniciativa da Plataforma e luta dos docentes

Vigília à porta do ME: determinação, unidade, solidariedade

19 de janeiro, 2007

O apelo à continuação da mobilização dos educadores e professores no combate por um ECD digno e valorizador, no respeito pela profissão docente; o balanço da luta em curso e os resultados das reuniões realizadas no Palácio de São Bento entre representantes da Plataforma e dos grupos parlamentares e ainda a desmontagem das últimas "novidades" oriundas dos gabinetes do ME (regime de contratação e regulação da dispensa da componente lectiva/regime de reclassificação e reconversão profissionais dos docentes declarados incapazes para a docência) foram temas em destaque nas intervenções dos representantes das organizações que integram a Plataforma Sindical Docente, no arranque da Vigília na 5 de Outubro.

Recorde-se que esta acção terminou no dia 17, dando sequência a um Cordão Humano à volta do Ministério e à entrega do abaixo-assinado "Não à chantagem, sim à negociação", que a Plataforma levou a todos os estabelecimentos de ensino.

Apesar do temporal que se abateu sobre o País na quarta-feira, a Vigília confirma, como foi sublinhado na tribuna improvisada na 5 de Outubro pelo secretário-geral da FENPROF, Paulo Sucena, que a luta dos educadores e professores portugueses em defesa da sua profissão avança com determinação e unidade. E também com solidariedade, como se comprovou, já da parte da tarde, pelas intervenções de Santana Castilho, docente universitário e director da revista "Pontos nos ii" e dos deputados Emídio Guerreiro (PSD), Luisa Mesquita (PCP), Cecília Honório (BE) e Francisco Madeira Lopes (PEV). A actuação do Grupo de Bombos de Baião animou esta Vigília, que prossegue com a presença de activistas e dirigentes sindicais de várias regiões do País.

Como afirmou Óscar Soares, dirigente do SPGL e da FENPROF no início desta acção à porta do Ministério, "bem pior do que este temporal é o Estatuto de Carreira que o ME nos quer impor".
"Esta Vigília", como recordou Paulo Sucena, "tem como objectivo fundamental transmitir um sinal forte de que os 14 sindicatos se mantêm unidos e que os professores estão dispostos a lutar até ao fim. Os professores não baixarão os braços e não sairão derrotados", assegurou o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores e porta-voz da Plataforma. / JPO