Nacional
Um rio de esperança que desaguou em Liberdade no coração da capital

Marcha Nacional: a força dos educadores e dos professores

19 de janeiro, 2007

Milhares de educadores e professores, oriundos de todas as regiões do País, muitos deles com viagens iniciadas de manhã bem cedo, concentraram-se ao princípio da tarde no Marquês de Pombal. Objectivo: Marcha Nacional com destino ao largo do Rossio, convocada por 14 organizações de docentes.

Numerosas bandeiras, muitas garantindo que "os professores estão em luta", deram um colorido especial a este "rio de esperança que desceu em Liberdade até à baixa de Lisboa, que há-de ser também a agonia de um poder caduco, que à força de tanto se repetir já começou a falar sozinho pelos corredores do Ministério", como afirmou Luís Lobo, do Secretariado Nacional da FENPROF, ao receber o enorme cortejo vindo do Marquês de Pombal.

Da tribuna instalada no Rossio para o grande plenário ouviram-se, então, intervenções de mobilização, a começar pelas fraternas mensagens de solidariedade de Itália, por Gabriela Giorgeti (CGIL-SCUOLA) e de Espanha, por Beatriz Quiroz (STES).

"Na reunião de 4 de Outubro, os representantes do ME, pela primeira vez, começaram a dar os primeiros sinais de nervosismo, talvez já pressionados por esta magnífica Marcha", salientou Mário Nogueira, do Secretariado Nacional da FENPROF. O coordenador do grupo negociador da Federação para as questões da carreira realçou mais adiante:
"Se esses sinais se notaram no dia 4 de Outubro, mais se notarão, certamente, a partir de agora. É o que esperamos que aconteça na reunião prevista para o próximo dia 12. Pela primeira vez, foi marcada uma reunião fora do calendário de seis admitidas pelo ME".

O Plenário do Rossio continuou com as intervenções de Dias da Silva (FNE), Carlos Chagas (FENEI), Manuel Rolo (SPLIU) e, a encerrar, Paulo Sucena, secretário-geral da FENPROF, que falou em nome da plataforma sindical. / JPO