Nacional
CORDÃO HUMANO DE 18 DE ABRIL

“Este governo tem compromissos com as pessoas que exigimos que sejam honrados”

26 de abril, 2017

A inovadora e expressiva ação realizada pela FENPROF no dia 18 de abril tem a importância de marcar, junto do ME, o protesto dos professores e educadores pelo facto de o governo não honrar os compromissos que materializou em promessas e anúncio de medidas que, afinal, vai, aos poucos, revelando que não levará por diante.

Mário Nogueira, Secretário Geral da FENPROF, fez questão, ainda, de dizer que os professores não vieram para a rua pedir a demissão do governo ou do ministro, mas sim afirmar o profissionalismo dos docentes e, ao mesmo tempo, exigir a criação de condições para que possam ser professores numa escola pública que se quer dignificada e valorizada.

Da sua intervenção, que agora destacamos, saliente-se a abordagem das matérias sobre as quais se pretendem respostas inequívocas do governo e que levaram que um imenso cordão humano transportasse a maior faixa reivindicativa, com 550 metros, transportada entre a 5 de Outubro e a residência oficial do primeiro-ministro – pelo descongelamento da carreira e pela negociação do processo de contagem integral do tempo de serviço, pelo direito a uma aposentação que não ocorra com os professores sujeitos já a um enorme desgaste e que contribua para o rejuvenescimento da profissão, pelo combate à precariedade na qual os trabalhadores da Educação representam 46% dos contratos a termo hoje existentes em toda a administração pública, por horários de trabalho que se ajustem às necessidades do sistema educativo mas que também não contribuam para o desgaste físico e psíquico a que os docentes estão sujeitos, pela redução de alunos por turma (hoje sobredimensionadas), pela gestão democrática e contra o processo de municipalização, cujo, sabe-se hoje, poderá vir a avançar contra a vontade da comunidade educativa.