Os sindicatos alegam que os níveis de adesão no segundo dia da Greve Geral da Administração Pública foram maiores do que os registados quinta-feira quando cumpriram o primeiro dia da paralisação.
Ana Avoila, coordenadora da Frente Comum, destaca alguns sectores com elevados níveis de participação na greve, como autarquias, justiça, saúde e educação.
Segundo a dirigente sindical, os dados indicam para uma adesão superior dos professores, mais 5 por cento que no primeiro dia, situando-se hoje num total de cerca de 80 por cento.
Os trabalhadores das autarquias também aderiram mais esta sexta que na quinta-feira (5 por cento), rondando um total de 85 por cento de trabalhadores em greve.
«Também sectores como a justiça, ambiente e cultura tiveram hoje uma participação muito interessante comparativamente com ontem. Na segurança social continuaram encerrados todos os serviços informativos e houve uma subida significativa nos serviços centrais», adiantou ainda Ana Avoila.
Quanto às escolas fechadas esta sexta-feira, a sindicalista denuncia um novo caso de incumprimento da lei da greve, na escola Bairro Padre Cruz, em Lisboa.
«A escola estava paralisada a 100 por cento e chamou os pais para assegurar o funcionamento do estabelecimento de ensino», afirmou.
Ana Avoila promete que os protestos vão prosseguir e que não será com ameaças que o Governo intimidará os trabalhadores da Função Pública.
A paralisação teve como objectivo protestar contra a «intransigência negocial» do Governo, os aumentos salariais, o aumento das contribuições para a ADSE, o prolongamento do congelamento das progressões nas carreiras, a lei da mobilidade e a revisão do sistema de vínculos, carreiras e remunerações.
TSF, 10/11/2006