Nacional
Autarquias, justiça, saúde e educação: muitos serviços parados ou a meio gás

Administração Pública: níveis de adesão ainda maiores no segundo dia da Greve Geral do sector

13 de novembro, 2006

Os sindicatos alegam que os níveis de adesão no segundo dia da Greve Geral da Administração Pública foram maiores do que os registados quinta-feira quando cumpriram o primeiro dia da paralisação.

Ana Avoila, coordenadora da Frente Comum, destaca alguns sectores com elevados níveis de participação na greve, como autarquias, justiça, saúde e educação.

Segundo a dirigente sindical, os dados indicam para uma adesão superior dos professores, mais 5 por cento que no primeiro dia, situando-se hoje num total de cerca de 80 por cento.

Os trabalhadores das autarquias também aderiram mais esta sexta que na quinta-feira (5 por cento), rondando um total de 85 por cento de trabalhadores em greve.

«Também sectores como a justiça, ambiente e cultura tiveram hoje uma participação muito interessante comparativamente com ontem. Na segurança social continuaram encerrados todos os serviços informativos e houve uma subida significativa nos serviços centrais», adiantou ainda Ana Avoila.

Quanto às escolas fechadas esta sexta-feira, a sindicalista denuncia um novo caso de incumprimento da lei da greve, na escola Bairro Padre Cruz, em Lisboa.

«A escola estava paralisada a 100 por cento e chamou os pais para assegurar o funcionamento do estabelecimento de ensino», afirmou.

Ana Avoila promete que os protestos vão prosseguir e que não será com ameaças que o Governo intimidará os trabalhadores da Função Pública.

A paralisação teve como objectivo protestar contra a «intransigência negocial» do Governo, os aumentos salariais, o aumento das contribuições para a ADSE, o prolongamento do congelamento das progressões nas carreiras, a lei da mobilidade e a revisão do sistema de vínculos, carreiras e remunerações.
TSF, 10/11/2006