1.º Ciclo Ensino Básico
Valorização do 1º Ciclo não passa por encerrar escolas: delegação sindical no ME

FENPROF entrega 10 000 assinaturas em defesa da melhoria das condições de exercício da profissão e de aprendizagem

08 de junho, 2010

A FENPROF promoveu um abaixo-assinado junto dos professores do 1º Ciclo do Ensino Básico, que entregou no Ministério da Educação (Av. 5 de Outubro) no dia 9 de Junho. 

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A valorização do 1º Ciclo do Ensino Básico, sector importantíssimo no conjunto dos que constituem o nosso sistema educativo, não passa pelo encerramento das escolas. Passa, isso sim, pela adopção de medidas que contribuam para melhorar as condições de trabalho e de ensino-aprendizagem no 1º Ciclo, mas essas parecem não fazer parte do rol de medidas que constam da agenda do Governo.

Num texto subscrito por milhares de professores, a FENPROF coloca o dedo na ferida e aponta as actividades  de enriquecimento curricular com esta configuração e organização, bem como as regras de organização dos horários, como principais responsáveis pela deterioração das condições de trabalho dos professores e de aprendizagem dos alunos.

Os professores do 1° Ciclo  assumem como preocupações centrais o respeito pelos direitos dos professores e a criação de condições para que a sua actividade se possa desenvolver com qualidade; e a necessidade de melhorar as condições de aprendizagem das crianças que frequentam o 1° CEB.

Justas reivindicações

Nesse sentido, os subscritores do documento agora entregue no ME, por iniciativa da FENPROF, exigem que o Ministério negoceie a concretização das seguintes medidas:

  1. Integração das diversas áreas que hoje constituem as AEC no currículo dos alunos do 1° Ciclo, organizando-se as escolas numa lógica de equipas educativas, tal como prevê a Lei de Bases do Sistema Educativo, desde 1986;

  2. Colocação dos docentes destas áreas nos agrupamentos de escolas através dos normais mecanismos de concurso;

  3. Institucionalização de actividades de ocupação de tempos livres, da responsabilidade de outros profissionais que não docentes, a desenvolver após o horário lectivo/curricular dos alunos e que possam responder a necessidades das famílias;

  4. Fixação de uma componente de trabalho lectivo dos docentes do 1° CEB em 22 horas semanais, assegurando assim melhores condições para a preparação e organização da actividade lectiva, para a actividade no âmbito do estabelecimento de ensino e atendimento dos pais e encarregados de educação;

  5. Determinação de que o apoio ao estudo não pode ser assegurado por docentes titulares de turma;

  6. Criação de condições para que as tarefas administrativas das escolas do 1° Ciclo do Ensino Básico sejam realizadas por trabalhadores não docentes dos agrupamentos;

  7. Fixação em cada escola do número de professores em funções de apoio educativo tendo por base as carências identificadas pelos conselhos pedagógicos;

  8. Reorganização dos conselhos de docentes/departamentos curriculares reduzindo em muitos casos a sua dimensão por forma a que ganhem mais funcionalidade;

  9. Colocação de um número adequado de auxiliares de acção educativa em todas as escolas do 1° CEB.