Negociação
18 de Março 2010

Delegação da FENPROF no Ministério da Educação

18 de março, 2010

"Para dizer se esta reunião correu bem ou mal, teremos que esperar pelas 18h00, altura em que o senhor Secretário de Estado Adjunto e da Educação fará uma declaração pública".

Foi assim que Mário Nogueira iniciou o diálogo com os profissionais da comunicação social, à saída da reunião realizada nesta tarde de 18 de Março, quinta-feira, no Ministério da Educação, em Lisboa.

Reiterando uma toma de posição divulgada anteriormente pela Direcção da FENPROF,  o Secretário Geral garantiu aos jornalistas presentes na 5 de Outubro que a Federação não abdica da reunião com a Ministra da Educação, pois o que está a acontecer leva a que se encare com grande preocupação o futuro do relacionamento institucional e negocial com o Ministério da Educação.

Por essa razão, a FENPROF não prescinde de discutir politicamente com a titular da pasta este lamentável e reprovável episódio cuja superação passa por serem eliminados do ECD todos os aspectos que nele foram introduzidos à margem do acordo de princípios e à revelia da negociação que se seguiu.

Mário Nogueira reafirmou a disposição das organizações sindicais na luta contra políticas que impliquem mais precariedade, mais instabilidade e tentativas de imposição de mão-de-obra barata, desinvestindo na Educação.

"Queremos saber com que regras é que vamos lidar a partir de agora", realçou Mário Nogueira, acompanhado nesta deslocação ao ME pelos dirigentes sindicais António Avelãs (SPGL), João Baldaia (SPN), Francisco Almeida (SPRC), Joaquim Páscoa (SPZS) e Marília Azevedo (SPM).

"Temos que saber se vimos aqui ao Ministério para resolver problemas  ou para perder tempo", observou o Secretário Geral da FENPROF, que, em resposta às questões colocadas pelos jornalistas destacou:

“O que o Governo fez não consta do acordo de princípios, não fez parte do conjunto de matérias que se agendou para revisão, nunca esteve presente na negociação e foram aspectos introduzidos já depois de encerrado o processo negocial. Esta não é forma de negociar, porque é destituída de seriedade."

E mais adiante: 
"Neste momento só há uma maneira de resolver o problema: retirar do ECD tudo o que foi introduzido já depois da negociação ter terminado.”

Recorde-se, entretanto, que a FENPROF voltará ao Ministério no dia 24 a propósito da negociação da regulamentação da avaliação do desempenho. / JPO