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Sessão de encerramento:

22 de novembro, 2015

Na sessão de  encerramento, presidida por Ana Simões, registaram-se as intervenções de Mário Nogueira, Secretário Geral da FENPROF; José Reis, Presidente da CNOD e José Madeira Serôdio, Presidente do INR.

O responsável do INR saudou todos os presentes e valorizou esta iniciativa como espaço de análise, debate e reflexão, mas também de apresentação de propostas, visando a resolução de problemas que afetam o dia a dia profissional dos docentes com deficiência. José Madeira Serôdio convidou o auditório a participar nas iniciativas do Dia Internacional das Pessoas com Deficiência (3 de dezembro).

José Reis destacou o trabalho conjunto desenvolvido com a FENPROF, lembrou que há ainda um longo caminho a percorrer no combate pela inclusão, criticou as políticas de retrocesso social que marcaram a última legislatura e deixou uma proposta: a passagem do INR para o Gabinete do Primeiro Ministro, deixando assim de estar integrado no Ministério da Segurança Social.

O dirigente da CNOD lamentou a ausência, "neste importante encontro",  dos órgãos de comunicação social, mas, garantiu: "Vamos continuar o nosso trabalho, a nossa intervenção, tentando fazer chegar as nossas mensagens e as nossas propostas a todos os cidadãos".

  • "As leis são para cumprir"

"Pretendemos, com esta iniciativa, conhecer melhor os problemas que são de todos", observou Mário Nogueira, já na ponta final do encontro. O Secretário Geral da FENPROF sublinhou que "não se deve confundir direitos legalmente estabelecidos  com favores", referindo que "este é um problema do país".

"As leis são para cumprir. E no caso das escolas o que está na lei tem de ser garantido pelas direções", sublinhou o dirigente sindical. Exemplificando, afirmou: "Os professores de educação especial não têm que ir substituir  colegas; nas deslocações entre escolas do agrupamento, o professor não tem que pagar do seu bolso a deslocação nem é obrigado a ter carta de condução..."

"Há diretores de escola/agrupamento que, pelos seus comportamentos e atitudes, parece que deixaram de ser professores", registou Mário Nogueira, que reafirmou a urgência da resolução de problemas na educação.

  • Exigir ao PR o cumprimento da Constituição

Abordando a situação do país, Mário Nogueira sublinhou a dado passo: 
"Há que respeitar a nova maioria na Assembleia da República, com uma vontade diferente. Há que respeitar os direitos dos cidadãos. Por isso, no próximo dia 28 de novembro lá estaremos, em Belém, para exigir ao Presidente da República que faça aquilo que a Constituição e a democracia o obriga".

Referiu noutra passagem, que "há ainda passos a dar na construção da escola inclusiva" e que no Congresso da FENPROF, em abril próximo, no Porto, serão  integradas na documentação da assembleia magna da federação "as propostas que existem a esse nível".

O dirigente sindical falou dos desafios de uma Escola para todos, "incluindo os seus professores" e garantiu que a FENPROF continuará  firme nas suas sua reivindicações, renovando a capacidade de esperança e de luta.

"As reivindicações que apresentamos (vinculação, descongelamento de carreiras, reposição salarial, novo regime de aposentação tendo em conta o desgaste da profissão...), seja qual for o governo, são para manter, naturalmente", destacou.

"Temos que confiar em nós mesmos. Seja o que vier, nada nos vai cair do céu", concluiu Mário Nogueira.
 JPO