Formação de Professores
Em conferência de imprensa, FENPROF divulga resultados de estudo

É urgente a revisão do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores e do seu financiamento

20 de julho, 2010

A FENPROF divulgou nesta terça-feira, 20 de Julho, um estudo sobre o actual estado da Formação Contínua de Professores e concluiu que depois de terem sido extintos inúmeros Centros de Formação de Associações de Escolas (CFAE) sendo criados, em sua substituição, 92 mega-CFAE; depois de ter sido afastada, aos Centros de Formação de Associações Profissionais, a possibilidade efectiva de financiamento; depois de terem sido impostas grandes restrições no que respeita aos âmbitos do financiamento, a Formação Contínua de Professores levou um rude golpe e, hoje, é um direito que a esmagadora maioria dos professores não pode exercer e um dever que essa maioria não consegue respeitar.

Como foi sublinhado no encontro com a comunicação social, realizado ao fim da manhã de 20 de julho na sede da Federação, en Lisboa, os principais problemas com que Centros de Formação, Escolas e Professores se confrontam são a enorme dimensão dos CFAE, tanto em área geográfica, como em número de docentes que abrangem; os atrasos no financiamento das acções e a sua desadequada organização por anos civis; a falta de autonomia dos CFAE e a escassez dos seus recursos.

Os resultados obtidos através deste estudo confirmam a necessidade de, urgentemente, ser negociada a revisão do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores. Tal revisão parece ser reconhecida pelo próprio ME que, no entanto, por provável falta de coragem política, deixa arrastar, por um caminho penoso e extremamente negativo, a Formação Contínua de Professores.

Participaram na conferência de imprensa: Mário Nogueira, Secretário Geral da FENPROF; António Avelãs ( Presidente do SPGL) e Manuel Rodrigues (Direcção do SPRC), este último coordenador do Departamento da FENPROF para a Formação Contínua, membros do Secretariado Nacional.

A FENPROF vai solicitar uma reunião específica no Ministério da Educação para análise desta matéria.

O documento encontra-se em anexo: