Internacional

"O Sahara é como uma enorme prisão"

01 de setembro, 2010

Os 14 activistas espanhóis agredidos em El Aaiún chegaram ao porto canário de La Luz, onde eram esperados por um grupo de 50 simpatizantes com panos e cartazes a favor da causa saharaui

O barco em que viajavam os 14 activistas do colectivo pró-saharaui Sáhara Acciones que foram presos e espancados pela polícia marroquina no passado Sábado, chegaram ao porto de Las Palmas da Grande Canária. No porto esperavam-nos um grupo de simpatizantes que empunhavam cartazes onde se apelava à realização de um referendo livre e democrático naquela que foi a última colónia de Espanha em África e que é ocupada há mais de 35 anos por Marrocos.

Os testemunhos dos activistas são mais que demolidores: “Não esperávamos medidas tão horríveis”. Afirmou Sara Mesa no momento do desembarque. “O Sahara Ocidental é como uma enorme prisão, onde a gente vive sob um clima de continua repressão”.

Segundo o testemunho de Anselmo Fariña “Atacaram-nos sem avisar, em particular com murros directos aos rins e ao rosto. Insultaram-nos e cuspiram-nos sem parar. Alguns companheiros estimam que deveria haver mais de uma centena de polícias à paisana. Vários deles seguiam-nos desde a nossa entrada no território e inclusive no trajecto de regresso”.

“Ninguém se preocupava com o que estava a acontecer nos territórios ocupados. Chegavam-nos relatos de que muitas mulheres e crianças saharauis eram espancadas e o resultado era muitos hematomas e muita cara ensanguentada. Queríamos denunciar essa repressão que sofre o povo saharaui e acabámos por o viver nas nossas próprias carnes”, acrescenta Anselmo Fariña, professor na ilha de Tenerife.

Membros do grupo anunciaram a intenção de denunciar o tratamento brutal da polícia marroquina nestes incidentes, O grupo de cinquenta militantes que os recebiam e os 14 activistas regressados gritavam bem alto: “Marrocos culpado, Espanha responsável” e “Sahara Livre”.

Informação divulgada pela Associação de Amizade Portugal – Sahara Ocidental com base em informação da imprensa espanhola
30-08-2010


Relatório de observadores internacionais
ao Sahara Ocidental

 A organização Thawra pede que mais observadores se desloquem aos territórios ocupados do Sahara Ocidental e que divulguem junto da opinião pública as condições económicas, sociais e repressivas a que estão sujeitas as populações saharauis.

 Desde Thawra hemos viajado a los territorios ocupados del Sahara Occidental, en el mes de julio, con la intención de ver y contactar con la población saharaui y detectar cuáles son las necesidades más urgentes que se tienen desde el Sahara Occidental ocupado por Marruecos.

Después de todo lo ocurrido en los últimos dias, respecto a violaciones de DDHH a saharauis y extranjeros, queremos dar aún más valor a las misiones de observación en los territorios, puesto que con ellas se consigue un apoyo visible a los saharauis y un dilema diplomático, completamente necesario, entre España y Marruecos.

Tras nuestro viaje, nos disponemos a hacer público y difundir lo máximo posible nuestro informe, en el que detallamos las conclusiones obtenidas con nuestra estancia en el terreno y os mostramos mediante fotografias la realidad que hemos encontrado..

Os agradeceríamos que nos ayudeis a difundir el informe todo lo que podáis y si estáis interesados en colaborar con nosotros, ya sea acudiendo como observadores sobre el terreno o aquí en cualquiera de las áreas de trabajo que forman Thawra, os pongáis en contacto con nosotros a través de nuestro correo.

Thawra
saharathawra@gmail.com
649 170 302
 
 Difundido pela Associação de Amizade Portugal - Sahara Ocidental
31-08-2010