Nacional
Reuniões com a Comissão Parlamentar de Educação, Ciência e Cultura (16/06/2015)

Graves problemas do ensino artístico especializado e dos leitores das universidades em discussão com os deputados

15 de junho, 2015

Decorreram na tarde da passada terça-feira, 16 de junho, duas reuniões com a Comissão de Educação, Ciência e Cultura da Assembleia da República em que as delegações da FENPROF integraram docentes que vivem as difíceis situações apresentadas aos deputados desta comissão parlamentar.

  • Às 15 horas, o tema foi  a situação no Ensino Artístico Especializado e as dificuldades que continuam a marcar o dia a dia deste subsistema, em particular no que diz respeito ao financiamento.
     
  • Às 16 horas, o debate centrou-se na situação de extrema precariedade em que se encontram os leitores das universidades portuguesas, muitos a verem os seus contratos passarem de tempo integral para parcial e outros em risco de, pura e simplesmente, serem despedidos. 

Na primeira sessão falaram Nuno Betencourt, diretor pedagógico  do Conservatório da Figueira da Foz, e Susana Batoca, diretora executiva da Academia de Música de Almada. Nos escassos minutos habitualmente concedidos nestas reuniões, os dois docentes conseguiram dar um panorama da situação que se vive no setor, alertando desde logo para as questões do financiamento. Como se constatou neste debate, o diálogo, a negociação e a tomada de medidas coerentes são linhas fundamentais para a resolução dos graves problemas que afetam o ensino artístico especializado. 

Na segunda reunião, Ana Cao (Universidade da Beira Interior) e Cláudia Ferreira (Universidade de Aveiro) alertaram para a grave situação de precariedade em que vivem os 132 leitores em serviço nas universidades portuguesas, em que além da docência e da investigação, exercem cargos de natureza pedagógica e científica. 36 por cento têm entre 15 a 30 anos de serviço prestado. "Reivindicamos estabilidade de emprego. Desempenhamos tarefas permanentes nas instituições", sublinharam no diálogo com os deputados.

No balanço geral das duas sessões ficou um renovado apelo à Assembleia da República para a solução dos problemas levantados pelos docentes do ensino artístico especializado e pelos leitores universitários, como sublinhou Mário Nogueira. / JPO