Nacional
65 anos do Apelo de Estocolmo

Petição pelo fim das armas nucleares

25 de março, 2015

No momento em que se assinalam 65 anos do Apelo de Estocolmo pela abolição das armas nucleares, o Conselho Português para a Paz e Cooperação, a CGTP-IN e um conjunto de organizações portuguesas, apelam a todos os amigos/as da Paz para a convergência de vontades na acção em torno dessa causa, convidando-o/a a subscrever o texto abaixo.

O texto pode ser subscrito através deste link! http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT76455

Em Março de 1950, o movimento internacional de partidários da Paz, na sequência do fim da Segunda Guerra Mundial, constituiu-se em Conselho Mundial da Paz e, perante a ameaça da repetição do horror de Hiroxima e Nagasaki, lançou um Apelo pelo banimento das armas nucleares sob estrito controlo internacional, denunciando a sua natureza intimidatória e de assassínio massivo.

Mas volvidos 65 anos, cinco potências nucleares detêm arsenais nucleares declarados, e cinco outros países detêm-nas também, porém sem terem subscrito o Tratado de Não Proliferação alcançado em 1968. Hoje, como então, receamos que algum Estado agressor possa antecipar o lançamento da arma nuclear contra algum outro Estado, pretendendo tirar vantagem militar, o que seria crime cometido contra a humanidade, a ser tratado como crime de guerra. Todavia, sabemos hoje que a dimensão dos arsenais e a escala planetária dos impactos tornaram o julgamento de tal crime uma impossibilidade. Seria o fim da Justiça, por ser o fim da Civilização.

 Assim, todos nós, organizações e pessoas que subscrevemos este documento:

Invocamos e saudamos o exemplo dos activistas e personalidades que intervieram pela abolição das armas nucleares e que redigiram o Apelo de Estocolmo, bem como os milhões de homens e mulheres, avós e pais das gerações presentes, que o subscreveram então em todo o mundo. E bem assim os que, quer no movimento da Paz quer nas instituições internacionais, desde então vêm incansavelmente lutando pela sua divulgação, sua causa e sua necessária aplicação.

Apelamos à consciência de todos para a convergência de vontades na acção em torno dessa causa cuja actualidade permanece – desarmar a estratégia de tensão e de ilusória superioridade militar que conduziria ao genocídio nuclear.

Afirmamos como urgente o fim das armas nucleares e de extermínio em massa de populações, das bases militares estrangeiras, assim como o desarmamento geral e controlado.

Exigimos das autoridades portuguesas o cumprimento das determinações da Constituição da República Portuguesa e da Carta das Nações Unidas, em respeito pelo direito internacional e pela soberania dos Estados e igualdade de direitos dos povos.