Nacional

NÚMERO DE ALUNOS SEM AULAS CONTINUA ELEVADO NA ZONA DE LISBOA

14 de outubro, 2014

Levantamento feito pelo Sindicato dos Professores da Grande Lisboa (SPGL) permite confirmar haver ainda um significativo número de agrupamentos de escolas com falta de docentes. São vários os casos em que o número de docentes em falta é elevado.

No concelho da Amadora sobressai a situação nos Agrupamentos Pedro D`Orey Cunha, onde faltam 19 professores, D. João V (11) e Almeida Garrett (10).

Também no concelho de Sintra a situação é caótica, faltando no final da semana passada 160 docentes, levando o presidente da Câmara a reunir com os encarregados de educação para análise da situação criada. Registem-se as situações dos Agrupamentos Ruy Belo, onde faltam 9 professores, Visconde Juromenha, 7, e a Sec. Queluz-Belas, 5.

Na cidade de Lisboa sobressai a falta de 32 professores no Agrupamento de Escolas de Benfica,  23 dos quais na Escola Pedro Santarém, 7 professores no Agrupamento Francisco Arruda, 6 no Agrupamento Padre Cruz, e 12 no Agrupamento Filipa de Lencastre.

Também em Caldas da Rainha faltam 7 professores no Agrupamento Raul Proença. Faltam 5 professores no Agrupamento Cónego Manuel Lopes Perdigão (Caxarias, Torres Vedras).

No Agrupamento de Escolas Miradouro de Alfazina (Monte da Caparica) ainda faltam 7 professores.

Particularmente escandalosa é a situação da Escola Artística António Arroio onde permanecem por colocar 20 professores de técnicas especiais, que deveriam ter sido colocados por concurso em 1 de setembro.

Contrariamente ao que se quer fazer crer, a situação do início deste ano letivo é muito mais grave do que as situações vividas nos anos anteriores mais próximos, e mesmo pior do que a vivida no tempo do ministro David Justino, aliás então substituído pela ministra Carmo Seabra.

A total irresponsabilidade da equipa do MEC, atrasando os concursos e insistindo num modelo de colocação por escola que já mostrara ser inviável, está a causar enormes danos às famílias, aos alunos e professores e põe em causa a Escola Pública. E, contrariamente ao afirmado pelo senhor Presidente da República, a solução é colocar em concurso nacional todas as escolas, incluindo as de Territórios Educativos de Intervenção Prioritária (TEIP) e com Contrato de Autonomia. Aliás o modelo utilizado pelo Ministério da Educação nos 10 anos em que o Professor Cavaco Silva foi primeiro-ministro tendo então os concursos de colocação de professores decorrido com normalidade.

Em nome do respeito devido aos cidadãos, torna-se clara a exigência de uma resposta por parte dos responsáveis políticos de modo a pôr termo a este caos.

A Direção do SPGL
14/10/2014