“Um cinismo absoluto” – foi assim que Mário Nogueira caracterizou a postura do MEC em relação ao escândalo da portaria das não vagas. O Secretário Geral da FENPROF falava à comunicação social, à saída da reunião realizada esta tarde, nas instalações da 5 de Outubro: "Um Ministério sem critérios, que atua sem rigor e muitas vezes sem respeito pela legalidade".
O dirigente sindical acusou o Ministério de Nuno Crato de fazer "um concurso ao contrário", ou seja, para "meter pessoas fora", e sublinhou que, tudo indica, que "o MEC quer oferecer um sacrifício ao Deus troika, em setembro, com a cabeça de milhares de professores numa bandeja".
"O MEC não dá satisfações a ninguém", referiu Mário Nogueira, que observaria a dado passo que "há indícios de o MEC não ter respeitado o que as escolas declararam" para apuramento de vagas e que, a confirmar-se esta situação, a FENPROF entende que "o MEC não tem outra saída que não seja a de revogar esta portaria de vagas e publicar outra que respeite o que as escolas efetivamente declararam". / JPO