Nacional
Banco de horas, adaptabilidade dos horários, despedimento, redução das indemnizações, mbilidade forçada!...

Governo quer destruir relações laborais na função pública com consequências muito negativas também para os professores

27 de abril, 2012

Os professores não podem calar-se face às novas medidas que o Governo quer impor à Função Pública, logo, também aos milhares de docentes das redes públicas de Educação Pré-Escolar e dos Ensinos Básico, Secundário e Superior.

As negociações que decorrem no Ministério das Finanças, com a Secretaria de Estado da Administração Pública, são pouco mais do que meras encenações, tendo o Governo já decidido aplicar ao setor público as regras que já acordou com a UGT e o patronato na concertação social.

Para a FENPROF, a negociação não pode esgotar-se na forma de concretização de medidas relativamente às quais manifesta um profundo desacordo. A FENPROF, dadas as graves consequências destas medidas, rejeita, em absoluto, a criação de bancos de horas (individuais e de grupo), a adaptabilidade dos horários de trabalho, os despedimentos (disfarçados como cessação por mútuo acordo), redução de indemnizações (por caducidade, cessação, horas extraordinárias …), ou mobilidade geográfica forçada que pode implicar a colocação em qualquer ponto do país, acompanhada de uma eventual alteração das funções desempenhadas.

A FENPROF é contra a aplicação destas medidas, independentemente da forma como se concretizam. A sua aplicação na Educação, designadamente aos professores, num momento em que estão a ser tomadas medidas destinadas a eliminar milhares de horários de trabalho, seria gravíssima. A possibilidade de flexibilizar os horários de trabalho, com o recurso a bancos de horas ou à sua adaptabilidade, a par da redução do valor de indemnizações e outros direitos, terá efeitos devastadores num grupo profissional que entre 2009 e 2011 viu o desemprego aumentar 225%, valor que poderá disparar violentamente em setembro próximo.

Neste quadro, é preciso que os professores tornem público o seu enorme descontentamento, a sua profunda indignação e lutem! A resignação e/ou acomodação seriam más opções e teriam consequências incalculáveis para os professores. Lutar contra estas medidas é a única forma de as combater e evitar.

O Secretariado Nacional da FENPROF
27/04/2012