Uma delegação da FENPROF, dirigida pelo Secretário Geral, Mário Nogueira, esteve na manhã de segunda-feira, 22 de Novembro, na sede do PSD para uma reunião com uma representação deste partido, que integrou o seu Presidente, Passos Coelho. Neste encontro estiveram particularmente em foco as preocupações da FENPROF sobre o Orçamento do Estado e os seus reflexos " em 2011 no funcionamento das escolas".
À saída, em declarações à comunicação social, Mário Nogueira lembrou que as escolas são afectados diretamente pelo Orçamento do Estado e indiretamente pelas quebras nas autarquias. O dirigente sindical alertou para o "grande risco que os Municípios correm de entrar em colapso".
"Há opções que podem ser tomadas", entre as quais a extinção das cinco direções regionais de Educação do país, "estruturas descentradas do Ministério da Educação", que servem apenas para "complicar a vida às escolas e não têm resposta para nada", observou.
"Ninguém fez contas de quanto se pouparia se as direções regionais de Educação fossem encerradas e se as escolas no âmbito das suas competências tivessem um relacionamento directo com a direção-geral. Ninguém fez contas porque há gente acomodada, encostada, que convém por ali ficar", afirmou Mário Nogueira.
Nas declarações aos jornalistas presentes na sede do PSD (fotos), o Secretário Geral da FENPROF acusou ainda o Governo de "atentar contra as escolas e cortar com o que é mínimo e básico", como, por exemplo, o aquecimento nos estabelecimentos de ensino.
"Como pode haver um corte de mais 127 milhões de euros? Depois dos 100 milhões que cortaram a meio deste ano, vão cortar outros cem no início do próximo", referiu.
Precariedade
Mário Nogueira manifestou ainda preocupação com o futuro dos professores e o impacto que as medidas orçamentais podem ter nas suas vidas, registando que milhares de professores "podem vir a ser postos fora no próximo ano, por causa da redução do número de horas nas escolas". A "situação precária que marca a profissão docente" está no centro das preocupações sindicais.
Para Mário Nogueira, a não realização de concurso num sector "em que não entrou um professor para cada dois que se reformaram, mas entrou um para cada 40 que se reformaram ao longo dos últimos anos, é uma grande irresponsabilidade".
A FENPROF entregou à direcção do PSD o Manifesto sobre Educação que subscreveu com outros representantes da comunidade educativa,
