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Revista de imprensa

18 de outubro, 2016
  • Notícias ao Minuto

Envelhecimento do corpo docente "é alarmante", alerta FENPROF

A FENPROF pede ao Governo uma revisão da idade de reforma dos professores “antes de este desgaste se transformar em doença".

A Federação Nacional dos Professores (FENPROF) comentou os dados do estudo do Conselho Nacional de Educação (CNE) sobre o envelhecimento crescente do corpo docente.

A investigação, hoje divulgada, concluiu que quanto mais velhos são os professores, maior é a indisciplina em sala de aula.
“Este estudo vem reforçar a justeza das preocupações há muito manifestadas pela Fenprof”, lamentou o Secretariado Nacional da federação em comunicado.
“Para além de preocupante, este problema é alarmante, se tivermos em conta o envelhecimento crescente da profissão”, acrescenta o documento, enviado às redações.Sobre o facto de os professores portugueses serem dos que têm horários de trabalho mais carregados, a FENPROF diz que esta é uma situação que “decorre da deliberada indefinição dos conteúdos das componentes letiva e não letiva”.

“Está a provocar um tremendo desgaste aos profissionais, que são ainda sobrecarregados com tarefas burocráticas e inúmeras reuniões que recaem sobre os tempos destinados à reflexão, preparação das aulas e avaliação dos alunos, ou seja a componente não letiva individual”.

 O congelamento da carreira e a “desvalorização salarial e social” são outros problemas da profissão, lamenta a FENPROF. 

Ao Governo, a Federação pede “medidas que introduzam melhores condições de trabalho, libertem o trabalho dos docentes de tarefas dispensáveis e transfiram outras para os profissionais adequados, ajustem os horários de trabalho, reduzam o número de alunos por turma, introduzam alterações curriculares no sentido da formação para uma cidadania plena, tomem medidas promotoras da paz e da não violência na escola”. 

Pede-se ainda uma redução do tempo de serviço para a aposentação dos docentes, sem perda de remuneração, “antes de este desgaste se transformar em doença e em desajustamentos profissionais”./
Notícias ao minuto, 18/10/2016