A Escola Pública, constituída pela rede de estabelecimentos públicos que, de acordo com o artigo 75.º da Constituição da República Portuguesa, deverá satisfazer as necessidades de toda a população, é um bem social cuja defesa reúne um consenso muito largo na sociedade portuguesa.
Essa é a razão por que são inúmeras as organizações que, atuando no plano social, já declararam o seu apoio à Marcha em defesa da Escola Pública que se realiza neste sábado, dia 18 de junho.
De entre elas, destacam-se as organizações sindicais, associações de professores, associações de pais e encarregados de educação, bem como estruturas federativas e confederais do movimento associativo de pais, organizações representativas de pessoas deficientes, movimentos que defendem a paz, movimentos de defesa da igualdade entre mulheres e homens, movimentos que defendem a inclusão educativa e social, diversas instâncias autárquicas…
Defender a Escola Pública e o seu futuro como escola de qualidade para todos e inclusiva é defender uma das mais importantes funções sociais do Estado que, a par de outras – Serviço Nacional de Saúde, Segurança Social pública e universal ou Justiça –, é pilar fundamental do designado Estado Social. Enquanto fator de promoção da igualdade de oportunidades e também espaço de inclusão, a Escola Pública é a escola de todas as cores, de todas as crianças e todos os jovens, a escola que contribui para que, nas sociedades, se consolide a democracia também nos planos económico, social e cultural.
Não surpreende, por esse motivo, que a defesa da Escola Pública reúna um amplo consenso na sociedade portuguesa e que a mobilização para participar na Marcha do próximo sábado, 18 de junho, venha a crescer o que, por exemplo, já obrigou à reserva de um terceiro comboio especial que sairá de Braga e terá paragens no Porto e em Espinho. Das restantes regiões do país, a deslocação far-se-á em autocarros ou de modo próprio, com muitas escolas a organizarem-se para participar.
Os promotores
16/06/2016